Raphael é acusado pela morte da fisiculturista; ele foi preso novamente depois de faltar a uma audiência sob justificação falsa e no mesmo dia participar de um torneio de pôquer
O médico Raphael Suss Marques foi preso pelo Centro de Operações Policiais Especiais (COPE), da Polícia Civil, no fim da tarde desta terça-feira (26), após ter o mandado de prisão expedido pelo 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Curitiba.
De acordo com o documento, ele descumpriu medidas cautelares de sua liberdade provisória como ter dado justificativa falsa para não comparecer a audiência de custódia referente a morte de sua ex-namorada Renata Muggiati – caso no qual é réu – e, também, desobedeceu a ordem e não frequentar bares e estabelecimentos do gênero.
A defesa do acusado informou, por meio de nota, que já havia apresentado uma justificativa à Justiça e que foi surpreendida pela prisão. Leia na íntegra:
“A defesa de Raphael Suss Marques, através de seu Advogado Edson Vieira Abdala, informa que apresentou a justificativa à Vara competente em 25 laudas, com inúmeros documentos, por volta das 16h de ontem e foi surpreendida com a prisão em menos de 24 horas após a sua manifestação. Assim que for intimada promoverá os recursos competentes para revogar a medida extrema e desnecessária”.
Faltou audiência para ir em torneio de pôquer
No dia 6 fevereiro, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) pediu a prisão preventiva de Raphael porque o acusado participou de um torneio de pôquer em Curitiba no dia 23 de janeiro, uma fotografia da ocasião, inclusive, comprova sua presença no local. O que vai contra o impedimento de frequentar bares e estabelecimentos similares. Para agravar a situação, no mesmo dia, ele deixou de comparecer a uma audiência e instrução e julgamento sobre a morte da fisiculturista, no Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, sob a justificativa de uma alegação falsa, conforme o MP-PR.
Morte de Renata Muggiati
Renata caiu da janela do apartamento em que vivia com o namorado Raphael, localizado no 31º andar, em setembro de 2015, no centro da capital paranaense. Na época, o crime foi investigado inicialmente como suicídio, mas vizinhos do casal relataram à polícia que os dois viviam um relacionamento conturbado e protagonizavam brigas violentas com frequência. Fotos da modelo com ferimentos no rosto também fizeram a polícia entrar no caso.
Além disso, uma mensagem publicada em sua rede social horas antes de sua morte e apagada posteriormente, também levantaram suspeitas. A postagem dizia: “Bom, aviso a todos q me seguem que hoje eu meu último diante vida, depois de sofrer 3 dias agressões e por amar a pessoa. me suicido feliz e em paz.”
O médico e companheiro da tricampeã de Body Fitness, estava em casa quando Renata supostamente se jogou pela janela. Ele afirmou à polícia que a namorada havia tentado se jogar da janela três vezes naquela noite e que ele conseguiu impedir as duas primeiras. Na terceira vez, ele disse que estava em outro cômodo e não viu Renata se jogar. O médico ainda disse aos policiais que Renata sofria de depressão e estava fazendo acompanhamento psiquiátrico.
Polícia pede prisão de namorado da vítima
A Justiça do Paraná pediu, no dia 25 de setembro de 2015, a prisão de Raphael, suspeito de ter asfixiado a atleta e jogado o corpo da companheira da janela do apartamento. De acordo com o delegado Jaime da Luz, responsável pelo caso, os laudos apontaram que Renata foi asfixiada antes de cair do prédio. Raphael nega.
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