Renata morreu após cair do 31º andar de um prédio em setembro de 2015; na época, o crime foi investigado inicialmente como suicídio, mas vizinhos falaram sobre relacionamento conturbado
A audiência de instrução e julgamento em continuação ao processo movido pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) no caso Renata Muggiati acontece nesta quarta-feira (23), no Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, em Curitiba.
Oito testemunhas serão ouvidas
Serão ouvidas oito testemunhas de acusação hoje. As próximas audiências já estão marcadas: 27 de fevereiro, 27 de março, 24 de abril e 25 de maio. No processo, são réus Raphael Suss Marques -médico e namorado da vítima na época do crime-, os peritos legistas Francisco Moraes Silva e Daniel Colman -que teriam emitido um exame com conclusão falsa-, além disso, a denúncia afirma que os peritos usaram de suas funções para encobrir a causa da morte de Renata.
Morte de fisiculturista Renata Muggiati
Renata morreu após cair do 31º andar de um prédio em setembro de 2015, no centro de Curitiba. Na época, o crime foi investigado inicialmente como suicídio, mas vizinhos do casal relataram à polícia que os dois viviam um relacionamento conturbado e protagonizavam brigas violentas com frequência. Fotos da modelo com ferimentos no rosto também fizeram a polícia entrar no caso.
Além disso, antes da queda do prédio, Renata teria deixado uma mensagem no facebook, afirmando que se suicidava “feliz e em paz” “depois de sofrer três dias de agressões” (leia abaixo). Horas depois, a postagem de Renata foi apagada do seu perfil.
“Bom, aviso a todos q me seguem que hoje eu meu ultimo diante vida, depois de sofrer 3 dias agressões e por amar a pessoa. me suicido feliz e em paz.”
Médico afirma vítima tentou se jogar de janela
O companheiro da tricampeã de Body Fitness, que é médico, estava em casa quando Renata supostamente se jogou pela janela. Ele disse que a namorada havia tentado se jogar da janela três vezes naquela noite e que ele conseguiu impedir as duas primeiras. Na terceira vez ele disse que estava em outro cômodo e não viu Renata se jogar. O médico ainda disse aos policiais que Renata sofria de depressão e estava fazendo acompanhamento psiquiátrico.
Suspeito de crime não acompanhou enterro
A família da fisiculturista Renata Muggiati impediu que o namorado da atleta, o médico endocrinologista Raphael Suss Marques, acompanhasse o enterro que acontece no Cemitério Parque Iguaçu, no bairro Cascatinha, em Curitiba, na tarde do dia 21 de setembro de 2015. A irmã de Renata, Thereza Christina Gabriel, ameaçou chamar a polícia caso Marques não deixasse o local.
Polícia pede prisão de namorado da vítima
A Justiça do Paraná pediu, no dia 25 de setembro de 2015, a prisão de Raphael Suss Marques, suspeito de ter asfixiado a atleta e jogado o corpo da companheira da janela do apartamento onde o casal morava, no Centro de Curitiba. De acordo com o delegado Jaime da Luz, responsável pelo caso, os laudos apontaram que Renata foi asfixiada antes de cair do prédio.
Ex-peritos são incluídos em processo
A promotoria pediu a inclusão no processo com base na falsificação do laudo de exame de necropsia. O pedido foi aceito no dia dois de julho de 2018 pela Vara da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Curitiba. O Ministério Público e a Secretaria de Segurança do Paraná abriram inquérito para apurar as diferenças nos dois laudos e a Justiça determinou que o corpo da fisiculturista fosse exumado.
Assista à entrevista com um do perítos suspeito de emitir conclusão falsa!