Acusado de matar a própria esposa, Luis Felipe Manvailer foi interrogado nesta quinta-feira (21), em Guarapuava, na região central do Paraná, sobre o caso
Acusado de matar a própria esposa, Luis Felipe Manvailer foi interrogado nesta quinta-feira (21), em Guarapuava, na região central do Paraná. Esta foi a segunda vez que o réu falou sobre o crime. Porém, o depoimento de Luis Felipe durou menos de dez minutos.
“Não matei minha esposa”
Em depoimento, Luiz Felipe Manvalier diz que sempre falou a verdade. “Eu não matei minha esposa. Tanto que uma testemunha ouvida ontem, no Espírito Santo, afirmou que ouviu minha esposa gritando durante a queda” , disse Manvailer a juíza nesta quinta-feira.
Entretanto, quando questionado a respeito da queda de Tatiane Spitzner, Manvailer preferiu não comentar sobre os fatos, tão menos quanto os momentos que os antecederam. Segundo ele, é ncessário esperar as pericias complementares e outras informações que ainda vão chegar ao processo.
Sem perguntas
A assistência de acusação e defesa não fizeram perguntas a Luis Felipe, já que o réu afirmou que não iria se manifestar até que todas as informações sejam juntadas ao processo. Dessa forma, o interrogatório foi encerrado.
Manvailer é interrogado em Guarapuava
Manvailer é acusado de homicídio qualificado, cárcere privado e fraude processual por matar a advogada Tatiane Spitzner, em 22 de julho de 2018. As audiências irão definir se o réu irá para júri popular ou não. A juíza Paola Mancini, responsável pelo caso, definiu a data após as gravações de depoimentos feitos por carta precatória, no dia 25 de janeiro, foram anexadas ao processo.
No dia 25 de janeiro, a Justiça ouviu sete testemunhas do caso da morte da advogadaTatiane Spitzner. Na defesa, André Manvailer -irmão do principal suspeito pela morte da vítima- e três amigos. Na acusação, dois assistentes técnicos e uma testemunha em comum.
Relacionamento de Tatiane e Manvailer
Tatiane, natural de Guarapuava, conheceu Luis Felipe Manvailer durante uma viagem a Curitiba, em um jogo de rugby. Em aproximadamente três meses eles começaram a namorar e resolveram casar. Já casados, os dois seguiram para a Alemanha onde viveram por três anos e retornaram para Guarapuava no fim de 2016.
Advogada cai de apartamento
Ela foi encontrada morta dentro do apartamento do casal por policiais, na madrugada de 22 de julho deste ano, por volta das 3h. Além disso, imagens da câmera de segurança do prédio mostraram que Manvailer havia levando o corpo de Tatiane de volta para o apartamento após ela cair do quarto andar do prédio. Ao atender o chamado, policiais encontraram manchas de sangue na calçada e nos corredores do edifício.
Ex-namorado é o principal suspeito
Luis Felipe Manvailer foi apontado como principal suspeito da morte da esposa, e virou réu por homicídio qualificado – com quatro agravantes, entre eles, feminicídio -, por fraude processual e por cárcere privado.
Testemunhos colhidos pela Polícia Civil e que embasaram a acusação do MP-PR contra a Felipe, relatam que o casal vivia uma relação abusiva e que por inúmeras vezes Tatiane falou que gostaria de se separar do Manvailer.
Pai de Tatiane chora em audiência
No dia 13 de dezembro de 2018, foi realizada no Fórum de Guarapuava, nos Campos Gerais do Paraná, a segunda audiência de instrução sobre a morte da advogada Tatiane Spitzner, de 29 anos, ocorrida no dia 22 de julho deste ano. Entre os testemunhos, o de seu pai sensibilizou os presentes pela emoção com que Jorge Spitzner lembrou como apoiou o seu ex-genro Luis Felipe Manvailer.
Entre suas declarações, ele afirmou que o comportamento do genro começou a mudar no início de 2018 e que Tatiane já havia manifestado o desejo de se separar por não aguentar mais. Jorge lembrou ainda que Luis Felipe humilhava e agredia a esposa verbalmente na frente de estranhos ou mesmo de familiares da jovem.