Pai é condenado a 30 anos de prisão pela morte da filha terapeuta

por Guilherme Becker
com informações de Marcelo Borges, da RIC Record TV
Publicado em 11 jun 2021, às 06h51. Atualizado às 06h57.

Luiz Carlos Nadolny foi condenado a 30 anos, nove meses e 22 dias de prisão pela morte da filha, a terapeuta Aline Miotto Nadolny, de 27 anos. A sentença foi lida pelo juiz Thiago Flôres Carvalho no final da noite desta quinta-feira (10), após aproximadamente nove horas de júri, em Curitiba. 

O réu já havia confessado o crime, entretanto a defesa tentava descaracterizar os crimes pelos quais Luiz era julgado. Apesar dos advogados alegarem que o homem possui problemas mentais, os jurados decidiram pela condenação por homicídio qualificado por motivo torpe, que impossibilitou a defesa da vítima; ocultação de cadáver e feminicídio.

O júri popular

O júri popular do crime ocorrido em junho de 2019 foi realizado nesta quinta-feira (10), em Curitiba. O réu, que está preso desde a época do crime, participou por videoconferência. Ao todo, cinco testemunhas deram depoimentos, sendo quatro da equipe de acusação. Apenas um inquilino de Luiz foi utilizado pela defesa.

A mãe, o companheiro e a irmã da vítima participaram do júri e deram depoimentos como testemunhas de defesa. Após aproximadamente nove horas de sessão, o juiz Thiago Flôres proferiu a sentença. 

Para a defesa, representada pelo advogado Samir Mattar Assad, a condenação era “a única solução possível” para o caso. Já o advogado Sérgio Marcos Padilho, responsável pela defesa do réu, afirmou que irá recorrer.

Crime

Aline saiu de casa, no centro de Curitiba, em junho de 2019, quando o pai passou de carro por ela. Havia três anos que eles não se falavam. A jovem embarcou porque o pai queria pedir ajuda, para que Aline intercedesse num assunto com a mãe dela, de quem Luiz já era separado há anos. Ao que tudo indica, a filha se recusou a resolver o problema e, por causa disto, foi morta pelo pai. Depois do crime, Luiz voltou normalmente para casa e não falou nada à família.

O corpo de Aline foi encontrado no dia 6 de junho num matagal próximo da Colônia Penal Agrícola, em Piraquara. Uma semana depois, o pai dela foi preso e confessou que matou a própria filha por asfixia. Luiz está preso desde esta época.