“Ela mentiu em seu interrogatório”, revela delegada sobre mulher que tentou sequestrar recém-nascido
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) revelou nesta quarta-feira (14) que a mulher suspeita de tentar sequestrar um recém-nascido no Complexo Hospitalar do Trabalhador de Curitiba mentiu durante depoimento. Segundo a delegada do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítima de Crimes (Nucria), Ellen Victer, registros da Maternidade Curitiba se opõem à versão dada por Talita Meireles.
“Ela mentiu em seu interrogatório, diante do delegado de polícia da Central de Flagrante. Ela informou que no dia 27 de junho, ela passou por um procedimento de curetagem, em razão de ter acontecido um aborto, ela estava grávida, e esse procedimento aconteceu na Maternidade Curitiba. Mas estivemos na maternidade e não há nenhum registro que ela esteve internada naquele local”,
contou a delegada Ellen Victer.
Em boletim de ocorrência registrado em abril deste ano, a suspeita informou que foi agredida pelo marido e que naquele momento estava grávida de seis meses. A informação foi confirmada por familiares.
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Investigação sequestro de recém-nascido
Diante desta informação, a PCPR informou que trabalha com duas linhas de investigação. Uma seria que a suspeita estaria em estado depressivo e outra que teria agido para vender a criança para um terceiro.
Na noite desta quarta-feira (14), Talita foi transferida para o Complexo Médico Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
“Ela cometeu esse ato insano e o Ministério Público em um sábio pedido, requereu ao juiz que atendeu, não a prisão dessa jovem e sim um internamento provisório para que a mesma possa esclarecer, possa passar por exames médicos e comprove seu estado de saúde”,
declarou o advogado de defesa, Paulo Jean da Silva.