Falsa enfermeira de Apucarana pode ter aplicado até 12 vacinas irregulares

por Redação RIC.com.br
com informações de Vitor Struck, da RIC Record TV Londrina
Publicado em 28 maio 2021, às 13h28. Atualizado às 13h35.

Ao longo das investigações, a Polícia Civil de Apucarana concluiu que a falsa enfermeira, Silvania Regina Ribeiro, de 46 anos, mentiu no seu depoimento. Foi descoberto que 12 pessoas teriam recebido vacinas de forma irregular, aplicadas pela investigada. O resultado veio após audições com 18 pessoas envolvidas no inquérito.

Entre testemunhas ouvidas, estão funcionários de uma clínica para idosos, a família de Mandaguari (inicialmente as únicas pessoas que teriam recebido as doses), um servidor público e Silvania. De acordo com o delegado-chefe Marcus Felipe da Rocha, não há provas de que tenha sido pago qualquer valor para furarem a fila.

A falsa enfermeira alegou em depoimento que 20 pessoas foram imunizadas através de um esquema de desvio de vacinas, no posto de saúde. As investigações comprovaram 12 aplicações.

Dessas aplicações, a de um estudante de educação física, de 21 anos, é a única que pode ser considerada indevida. Todos os outros atestaram terem o direito a serem vacinados.

Silvania está presa desde o dia 15 de maio, em Apucarana. Ela deve responder por peculato, quando o crime é cometido durante o exercício da função pública.

Ainda está sendo feita uma perícia nos celulares dos acusados. A investigação segue com o Ministério Público do Paraná.

Uma comissão da Assembleia Legislativa, responsável por investigar denúncias de fura fila na vacinação contra Covid-19, também analisou o caso.