Falsa enfermeira de Apucarana pode ter aplicado até 12 vacinas irregulares
Ao longo das investigações, a Polícia Civil de Apucarana concluiu que a falsa enfermeira, Silvania Regina Ribeiro, de 46 anos, mentiu no seu depoimento. Foi descoberto que 12 pessoas teriam recebido vacinas de forma irregular, aplicadas pela investigada. O resultado veio após audições com 18 pessoas envolvidas no inquérito.
Entre testemunhas ouvidas, estão funcionários de uma clínica para idosos, a família de Mandaguari (inicialmente as únicas pessoas que teriam recebido as doses), um servidor público e Silvania. De acordo com o delegado-chefe Marcus Felipe da Rocha, não há provas de que tenha sido pago qualquer valor para furarem a fila.
A falsa enfermeira alegou em depoimento que 20 pessoas foram imunizadas através de um esquema de desvio de vacinas, no posto de saúde. As investigações comprovaram 12 aplicações.
Dessas aplicações, a de um estudante de educação física, de 21 anos, é a única que pode ser considerada indevida. Todos os outros atestaram terem o direito a serem vacinados.
Silvania está presa desde o dia 15 de maio, em Apucarana. Ela deve responder por peculato, quando o crime é cometido durante o exercício da função pública.
Ainda está sendo feita uma perícia nos celulares dos acusados. A investigação segue com o Ministério Público do Paraná.
Uma comissão da Assembleia Legislativa, responsável por investigar denúncias de fura fila na vacinação contra Covid-19, também analisou o caso.