Frieza: suspeito de triplo homicídio em Umuarama foi trabalhar no dia seguinte ao crime; assista

Publicado em 10 ago 2021, às 11h15. Atualizado às 12h33.

Com o andamento das investigações para elucidar o triplo homicídio ocorrido na noite do último domingo (8) em Umuarama, alguns detalhes chamam a atenção das autoridades, sobretudo envolvendo o principal suspeito do crime, o marido de uma das vítimas. Segundo os policiais, ele teria ido trabalhar normalmente no dia seguinte ao crime, mesmo sabendo dos assassinatos.

Jean Michel de Souza foi preso em flagrante na tarde desta segunda (9), logo após prestar depoimento na 7ª Subdivisão Policial (SDP) de Umuarama. Na manhã do mesmo dia, os corpos da esposa dele, Jaqueline Soares, 32 anos, e dos sogros Antônio Soares dos Santos, 65 anos, e Helena Maria Marra dos Santos, 59 anos, foram encontrados na residência da família. Eles teriam sido mortos a golpes de faca.

Chamou a atenção o fato de que Jean foi trabalhar normalmente na manhã de segunda-feira. Ele é empresário e possui uma loja de aviamentos na cidade.

Os policiais encontraram Jean na loja. Ao ser questionado, ele teria dito aos policiais que já havia tomado conhecimento do crime através da imprensa.

Segundo a polícia, Jean Michel e Jaqueline estavam casados há cerca de dois anos, mas a relação seria conflituosa, com o casal morando em residências separadas: Jaqueline com os pais e Jean Michel com a mãe.

Crime passional

As investigações da Polícia Civil apontam para um crime passional. Jean esteve na casa onde aconteceu o crime horas antes dos homicídios, almoçando com a família no Dia dos Pais. A investigação aponta que ele teria retornado ao local mais tarde, momento em que o crime teria acontecido.

O Instituto de Criminalística detectou sangue no carro de Jean, na maçaneta esquerda (porta do motorista), volante e câmbio. Na casa da mãe de Jean, foram encontradas manchas de sangue no tanque de lavar roupas.

Já na cena do crime, teria sido encontrada uma pegada de um chinelo marcada a sangue, que seria compatível com o chinelo do suspeito. O depoimento da mãe de Jean também teria sido importante para a prisão.

O corpo de Jaqueline irá passar por exames mais detalhados pois, segundo a polícia, havia sinais compatíveis com agressões para além dos ferimentos feitos pela faca que a matou.

Caso

A família foi morta à facadas num sobrado, fica na Avenida São Paulo, na Zona II, perto do Parque do Japão. Quem os encontrou foi a empregada doméstica, que chegava para trabalhar de manhã cedo. O casal Antônio Soares dos Santos e Helena Maria Marra dos Santos estavam na cozinha, na parte inferior da residência. Jaqueline estava morta em uma banheira, na parte de cima da casa.