Em 2018, alunos realizaram um atentado em uma escola de Medianeira, no oeste do Paraná. (Foto: Arquivo/Portal RIC Mais)

Entre as ações previstas, policiais militares da reserva deverão passar a acompanhar o dia o dia das instituições de ensino

O governo do Paraná lançou nesta sexta-feira (15) o programa Escola Segura, o projeto-piloto prevê uma série de ações e medidas para a segurança nas escolas estaduais. Segundo o governador Carlos Massa Ratinho Junior, entre as ações, policiais militares da reserva deverão passar a acompanhar o dia o dia das instituições de ensino.

Escola Segura

O programa Escola Segura será implementado inicialmente em 100 escolas em Foz do Iguaçu, no oeste do estado, e em Londrina, segunda maior cidade do Paraná, e na Região Metropolitana de Curitiba. O projeto-piloto vai durar 150 dias e envolverá até 200 policias militares voluntários, que já não estão na ativa.

Ratinho Junior afirmou que a tragédia da escola de Suzano, em São Paulo, antecipou o lançamento do programa Escola Segura, previsto para o fim de maio. “O Paraná dá uma resposta firme e imediata. Resolvemos com as secretarias de Segurança Pública e da Educação adiantar o cronograma, em especial em escolas mais vulneráveis. Esse pacote de trabalho leva mais segurança às escolas e ao entorno”, explicou o governador.

O Escola Segura começará a operar em abril, após seleção das escolas e dos policiais que irão atuar nas unidades e que passarão por requalificação. A previsão do governo é de um investimento aproximado de R$ 5 milhões com o pagamento de diárias aos soldados, além da aquisição de armas, coletes e demais equipamentos de segurança para os policiais.

Seleção de PMs

A decisão de contar com um policial na unidade deverá ser da direção da escola, em conjunto com a comunidade escolar. A Secretaria da Educação fará a seleção das escolas que aderirem ao projeto. Entre os critérios técnicos de escolha estão localização, índice de criminalidade, número de estudantes matriculados e funcionamento em três turnos.

Treinamento e prevenção

Em paralelo, o Escola Segura envolverá diálogo com a Defesa Civil, com treinamento e prevenção de situações de crise e calamidade. O programa se complementa com ações de relacionamento da segurança na região primária, no entorno das escolas, e na integração das forças policiais com as equipes pedagógicas e famílias dos alunos.

O secretário de Segurança Pública, Luiz Felipe Carbonell, afirmou que os policiais vão passar por treinamento de 20 horas antes de ingressar nas escolas. “Os policiais serão vigias da própria escola, mas vão se integrar aos diversos programas para identificar comportamentos, evitar bullying, estender o programa de prevenção contra as drogas e fazer monitoramento do ambiente escolar”, destacou.
Na Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária, o projeto será coordenado pelo Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária (BPEC), que planeja policiais militares atuando em dois turnos: das 7h às 15h e das 15h às 23h. Serão dois policiais militares por escola.