Homem é encontrado decapitado na RMC; cães podem ter comido restos mortais
O aposentado Paulo Dias, 75 anos, já pressentia que “não passaria deste ano”, conforme ele mesmo falou para um amigo, por causa de problemas de coração. A previsão se confirmou, mas o que ele não imaginava é que seria por assassinato. Paulo foi encontrado morto decapitado no terreno de sua casa, na Travessa Pedro Kania, bairro Jardim Osasco, em Colombo, cidade da região metropolitana de Curitiba, na tarde desta sexta-feira (30). Os cães do aposentado provavelmente comeram parte dos seus restos mortais.
O corpo foi encontrado por vizinhos, que estranharam os cães do aposentado soltos na rua, já que Paulo costumava deixar os animais sempre presos no terreno. Ao lado do corpo sem a cabeça havia um facão, provável arma usada no assassinato. Parte do osso da caixa craniana do aposentado estava caída a pouco mais de um metro do cadáver e o que havia nela possivelmente foi consumida pelos cães. O restante da cabeça não foi encontrado.
Bem quisto
Ninguém na vizinhança notou movimentação estranha na casa, nem fazem ideia de quem possa ter feito isso com Paulo, já que era uma pessoa muito bem quista por todos no bairro. Nunca arranjou encrenca ou tinha inimigos, pelo menos que os amigos soubessem. Tinha o apelido de “Paulinho Cabeludo”, por causa do cabelo meio comprido, e que acabou cortando há pouco tempo.
Santino Rodrigues é amigo de Paulo há muitos anos. Ele contou ao repórter cinematográfico Emerson Guidolin, da RIC Record TV, que o aposentado gostava de beber. Porém nunca perturbou ninguém e era muito respeitador. “Tomava os gole” dele e voltava pra casa, onde ficava quieto. Ainda era preocupado com os cães que tinha, sempre cuidava, alimentava. Inicialmente eram três, dois machos e uma fêmea que pegou cria. Com isso, eram oito cães no terreno e Paulo demonstrava aos amigos a preocupação do que fazer para que nenhum cão pegasse cria de novo.
Sidnei Strapasson, amigo de Paulo, também conversou com o cinegrafista da RIC. Ele conhecia o amigo há cinco anos e tinha intenção de pedir ajuda para desmontar uma casa de madeira que comprou. “Mas o Paulo fez uma cirurgia do coração há algum tempo e ultimamente andava se queixando de dores dores no peito. Até falou pra mim que achava que não passaria deste ano, por causa do coração. Eu ainda disse que poderia ser do frio, que ele andava sentindo mais dor que o normal. Por isso nem pedi ajuda pra ele”, disse Sidnei, sem imaginar que o amigo pudesse morrer assassinado, ao invés de problema do coração.
Paulo morava sozinho na casa, mas tinha três filhos homens. Um morava na região e até foi à casa do pai, esses tempos, levá-lo ao hospital, por causa dos dores no peito, conto Sidnei. Os outros dois não moram por perto.