Jovem que matou policial militar em bailão é preso na Grande Curitiba

por Redação RIC.com.br
com informações de Tiago Silva e William Bittar, da RIC Record TV
Publicado em 4 ago 2021, às 16h58. Atualizado às 17h00.

O jovem que matou o policial militar Fernando Hortz, 35 anos, durante um ‘bailão’ em Cerro Azul, na Grande Curitiba, se apresentou na delegacia de Piraquara, também na região metropolitana da capital, nesta quarta-feira (4). Identificado como Joel Pereira da Cunha, o rapaz já possui antecedentes criminais por assalto a mão armada e tráfico de drogas. 

Fernando entrou na PM em 2012 e, atualmente, estava lotado no Batalhão de Polícia de Trânsito. No dia do crime, madrugada do último domingo (1º), um colega de corporação também foi ferido ao ser atingido por um disparo de arma de fogo de raspão. 

Policial é morto durante briga

De acordo com a Polícia Civil, Fernando e o amigo estavam participando de um aniversário em Cerro Azul quando decidiram seguir para um baile, que acontecia na zona rural do município. Lá, os dois acabaram se envolvendo em uma confusão com outros três rapazes e, em certo momento, Fernando acabou se identificando como policial militar e informando que estava armado. Foi nesse momento, que algumas pessoas partiram para cima dele e conseguiram pegar sua arma. Na sequência, depois de uma segunda discussão, o PM foi baleado no peito.

“Diz que esse rapaz, que agora a gente sabe que é o policial Fernando, sacou uma pistola e deu dois tiros para cima. Agora, o motivo é que a gente não sabe. Quando ele se identificou, estava uma aglomeração de muita gente, acho que estava umas 30 pessoas, teve uns jovens que pularam nele. Diz que nisso a arma dele caiu e um rapaz pegou. Aí, ele queria a arma de volta e o rapaz que pegou a arma dele foi andando para trás e atirando no chão e daí, quando viu que ele estava chegando mesmo, deu um tiro no peito”, contou uma mulher que prefere não se identificar.  

Ainda conforme a Polícia Civil, Joel possui várias passagens pela polícia e quando atirou no policial estava, inclusive, usando uma tornozeleira eletrônica. Aparelho foi rompido logo depois para que ele pudesse fugir e manter sua localização em segredo. 

Segundo o delegado Bradock, locado em Bocaiúva do Sul, mas que também responde pela delegacia de Cerro Azul, apesar de ter atirado no policial com a arma roubada, Joel também estava armado com uma pistola 9 milímetros.

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Suspeito nega

A advogada Andréia Tenório, que defende o suspeito, conversou com a RIC Record TV e declarou que seu cliente nega que tenha roubado a arma do policial e, como a testemunha, afirmou que o PM foi o primeiro a atirar durante a confusão

“Ele contou que teve uma discussão iniciada, a princípio, pelo policial militar, mas até então não se sabia que se tratava de um policial militar, inclusive com disparo de arma de fogo, com empurrões, com várias situações que naquele momento não só a vida do Joel como de outras pessoas também estariam em risco”,

disse a defensora.