Júri de suspeito de matar ex estrangulada em Fernandes Pinheiro será em 22 de outubro

Publicado em 15 out 2021, às 12h57. Atualizado em: 22 out 2021 às 11h42.

O réu Joel Felipe Cardoso irá a júri popular na próxima sexta-feira, dia 22 de outubro. O caso que chocou a cidade de Fernandes Pinheiro, nos Campos Gerais do Paraná, aconteceu em dezembro de 2012. Às vésperas de completar nove anos, a motivação da morte de Anna Silvia Cabral poderá ser esclarecida.

O júri popular já foi adiado em outras oportunidades. Há dois meses, o julgamento foi transferido devido a uma  documentação médica apresentada pela defesa.

“Considerando que o acusado, assim como seu defensor, apresentaram documentação médica relevante apontado à necessidade de permanecerem em repouso e isolamento social, redesigno a sessão do Tribunal do Júri para o dia 22 de outubro de 2021, às 9h”,

determinou a justiça.

Para o júri, serão mantidos os mesmos jurados já sorteados, assim como as testemunhas intimadas. Segundo os advogados da família de Anna Silvia, a expectativa é que o julgamento determine a condenação de Joel.

“Após longa espera pela data de julgamento a família de Anna espera que a sessão enfim ocorra e que o acusado seja condenado nos termos da denúncia do Ministério Público, passando imediatamente a cumprir a pena pelo ato covarde e ardiloso praticado”,

comentou o advogado Samir Mattar Assad.

A equipe do RIC Mais tenta contato com a defesa de Joel.

Relembre o caso

A morte de Anna Silvia Cabral chocou o estado do Paraná. Na véspera de Natal, no dia 24 de dezembro, a mulher de 34 anos foi encontrada morta. Segundo versão do réu, a vítima estava enforcada embaixo de uma árvore, no quintal da residência onde morava com o companheiro, Joel Cardoso.

A mulher estava com uma corda no pescoço e a princípio o caso foi tratado como suicídio. Joel afirmou que ela se enforcou na árvore, mas nenhuma das testemunhas viu Anna, de fato, pendurada.

“Tocou o celular, e eles (Anna e Joel) usavam juntos o mesmo aparelho, apareceu Anna, pensei ‘é minha filha ligando’. Mas era ele, (Joel) gritando no telefone, dizendo que ela tinha se enforcado, só falou isso e desligou”,

contou a mãe de Anna, Luiza Cabral, em 2016.

Poucos dias após a morte, os pais de Anna entraram em contato com Joel para saber detalhes sobre os bens da mulher. Para surpresa deles, o homem revelou que já havia passado todos os imóveis e outros bens para seu nome.

A partir deste momento, os familiares resolveram fazer uma investigação contratada sobre o caso. Os pais foram uns dos primeiros a desconfiarem que a morte poderia se tratar de um homicídio.

“No momento ficamos sem reação, pois fazia pouco tempo que ela tinha falecido e ele não teve preocupação nenhuma com a morte dela […] A vida que ela estava vivendo, jamais ela praticaria suicídio”,

declarou o pai de Anna em 2016.

Então em nova perícia, foi constatado que Anna Silvia foi estrangulada e não teria morrido enforcada, como Joel afirmava. Desde então, Joel passou a ser tratado como suspeito.

Além disso, vizinhos do casal revelaram que no dia da morte escutaram gritos e pedidos de socorro. O suspeito também foi apontado com histórico de agressões.