Médico morto em 2016 pode ter sido mais uma vítima do serial killer
A vítima, Sergio Roberto Savitski de 58 anos, foi encontrada morta no apartamento em que residia no bairro Bigorrilho, área nobre da capital paranaense. O caso aconteceu em agosto de 2016. A autor do crime asfixiou e matou o médico.
As investigações da Polícia levaram a um suspeito depois que câmeras de monitoramento flagraram a chegada e saída de um homem do apartamento no dia do crime. O autor do crime fugiu com o carro da vítima e roubando alguns pertences.
Um suspeito chegou a ficar detido durante cinco meses. Depois de um longo processo judicial ficou provado a inocência do acusado. O laudo pericial apontou que a altura do suspeito preso na época era incompatível com a altura do autor do crime. A altura é compatível com o serial killer preso no último sábado (29).
“Wellington tem um 1,88. Se constatou que aquela pessoa que estava na portaria, aquela pessoa que subiu no elevador, aquela pessoa que matou o médico, aquela pessoa que desceu do elevador e pegou o carro não tinha a altura do Wellington.”
afirmou Claudio Dalledone, advogado de defesa de Wellington
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Agora, cinco anos depois, o mesmo advogado, Claudio Dalledone, questiona se o homem preso no último sábado (29), acusado de ser um serial killer pode também ser o responsável pela morte do médico Sergio Roberto Savitski.
“Existem semelhanças incontornáveis nos casos. Você tem primeiro lugar um crime de ódio. Ódio contra homossexuais. Em segundo lugar a altura é muito compatível. Nós temos aí também a fuga com o carro da vítima.”
relatou Daledone, ao Balanço Geral Curitiba.
Além do que o advogado Claudio Dalledone aponta sobre as semelhanças entre os crimes praticados por José Tiago Correia Soroka, a equipe do Balanço Geral Curitiba descobriu outro fato que pode ligar Soroka a morte do médico Sergio Roberto Savitski.
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A Polícia busca confirmar quem era a pessoa que o serial killer se relacionava na época em que o médico foi morto. Segundo informações da RIC Record TV, na época Soroka estava em um relacionamento com outro homem que trabalha no mesmo hospital que a vítima Sergio Savitski.
“Eu creio que a polícia irá encontrar, sem sombra de dúvidas, elementos que liguem Tiago Soroka a morte, crime de ódio, contra do Dr. Sérgio”
afirmou o delegado Claudio Dalledone.
Em entrevista ao Balanço Geral Curitiba, a delegada da DHPP que investiga o caso, Camila Cecconello, contou sobre a semelhança dos casos.
“Existem grandes coincidências nesses casos. O modo como esse assassino do Dr. Sergio entra no apartamento, escolhe um apartamento, escolha uma vítima que morava sozinha, depois sai do apartamento com uma mochila, o jeito de andar. Essa pessoa que acabou assassinando o Dr. Sérgio é um pouco mais forte do que José Tiago, porém, consegui fotos do José Tiago em 2016 que mostra que ele estava forte, estava com o físico muito semelhante ou dessa pessoa que entra no apartamento.”
afirmou a delegada Camila Cecconello, da DHPP.
O Inquérito está sobre investigação da Delegacias de Furtos e roubo. Na época a morte de Sergio Savitski foi considerada um latrocínio. A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa busca levantar mais informações para verificar se a morte de Sergio Roberto Savitski foi realizada pelo serial killer José Tiago Correia Soroka.
O advogado de defesa de José Tiago Correia Soroka ficou de emitir nota ao RIC Mais, mas até a publicação da matéria não enviou.