Polícia Civil realiza operação na Vila Torres em busca de 6 suspeitos de homicídios

por Guilherme Becker
com informações de Daniela Sevieri, da RIC Record TV
Publicado em 10 nov 2021, às 07h35. Atualizado às 08h11.

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) está nas ruas na manhã desta quarta-feira (10) para realizar uma operação na Vila Torres, em Curitiba. Nos últimos dias, o local foi palco de trocas de tiros, homicídios, carro incendiado e muito medo para os moradores da comunidade. Nesta ação estão sendo cumpridos seis mandados de prisão temporária e 10 de busca e apreensão.

“A DHPP acordou cedo para cumprir mandados de prisão temporária e busca e apreensão, com apoio do Fera, do COPE, e da Denarc. (A operação) É para dar um retorno à sociedade. Eu prometi para você Rivaroli que nós iríamos resolver aquela questão da chacina que aconteceu há alguns dias, que queimaram um carro, que criminosos com metralhadora atiraram na sociedade”,

contou o delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Tito Barichello.

Durante as abordagens nesta manhã, que ocorreram próximo a rua Manoel Freire, dois suspeitos foram presos: Luiz Fernando Cardoso e Everson Washington Bonfim. Segundo o delegado, ambos são envolvidos em organizações criminosas.

“Eles têm ficha criminal, são vinculados a uma organização criminosa, são traficantes de drogas, têm mandado de prisão expedido pelo Ministério Público, cuja representação foi feita pela DHPP”,

destacou Tito.
(Foto: Daniela Sevieri/ RIC Record TV)

Outros quatro suspeitos são considerados foragidos:

  • Emanoel Oliveira Bonfim
  • Remael Felipe Correa de Souza
  • Joshefer Messias da Cruz
  • Felipe Mateus Ribeiro dos Santos
(Foto: Daniela Sevieri/ RIC Record TV)

Qualquer informação sobre os suspeitos pode ser repassada pelo telefone 0800-643-1121. A DHPP aceita denúncias anônimas e preserva o nome do denunciante.

Tensão na Vila Torres

Desde o início de setembro moradores da Vila Torres enfrentam uma onda de violência e disputas dentro da comunidade. Luiz Felipe Cardoso, mais conhecido como ‘Macaco’, era apontado como chefe do tráfico no local e foi assassinado no dia 9 de setembro. Na sequência, quatro dias depois, o braço direito do suspeito também foi morto, desta vez em confronto com a polícia.

No início de outubro foi registrado um tiroteio e um veículo foi incendiado. Já no dia 19 de outubro, pelo menos cinco pessoas foram baleadas. Moradores relataram que ouviram mais de 100 disparos. Duas pessoas morreram e três ficaram feridas.

“Possivelmente todos têm relação com os mesmos fatos. A gente, infelizmente, não teve aqui na localidade nenhuma informação, seja por parte de moradores e nem por câmeras de segurança. Então, a gente ainda não têm informações se as pessoas que praticaram o crime estavam a pé, estavam de carro, de moto. Ainda é tudo muito recente”,

contou o o delegado Tiago Nóbrega, da Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

Em nota, a Polícia Militar informou que a região recebe constantemente patrulhamento das equipes e que o confronto registrado nesta terça-feira (20) envolveu grupos rivais.

“A região citada na reportagem recebe policiamento constantemente por parte do 12º Batalhão de Polícia Militar (12º BPM) e do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), com patrulhamento motorizado e ações contra o tráfico de drogas. A PM tem intensificado as operações no local e feito prisões, como a que ocorreu no último sábado (18/10), em que a Rondas Ostensivas Tático Móvel (ROTAM) prendeu dois homens e apreendeu duas pistolas de calibre 9mm, além de 70 munições.

A PM lembra que devido ao retorno dos marginais às ruas, ocorreu um confronto entre os grupos rivais que terminou com morte. A PM reitera a necessidade da participação da população em apoio à PM, denunciando os traficantes para que eles sejam presos. A PM está com outras ações previstas para a região para pacificar a área e levar mais segurança à população de bem que reside na localidade.”

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