Testemunha afirma que empresário tentou fugir após atropelar e matar idosa, em Curitiba

por Redação RIC.com.br
com reportagem de Tiago Silva, da RIC Record TV Curitiba
Publicado em 22 abr 2021, às 14h40. Atualizado às 16h02.

Uma nova testemunha se apresentou na Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran) de Curitiba, nesta quinta-feira (22), para prestar depoimento sobre o caso da idosa Elenita Pereira, de 70 anos, que morreu após ser atropelada por um empresário na última sexta-feira (16). 

De acordo com a pessoa, que prefere não se identificar, o motorista do veículo Cristiano Luiz Mocellin, de 45 anos, ensaiou uma fuga do local após o acidente. Em conversa exclusiva com o Balanço Geral Curitiba, a testemunha explica que mora em frente ao local onde ocorreu o atropelamento, na rua Monsenhor Ivo Zanlorenzi, no bairro Campina do Siqueira. 

“A gente escutou um barulho muito alto, parecia a batida de dois carros. Então, a gente correu para a janela para ver o que tinha acontecido e a rápida estava deserta, só tinha um motoqueiro do outro lado parado e um motoqueiro deste lado.  E, a hora que a gente desceu, o rapaz que atropelou a senhora, ele estava voltando de ré na contramão aqui na rápido e esse segundo motoqueiro na frente dele, meio que trazendo ele para a cena do crime”,  

disse a nova testemunha.

Consultada, a defesa de Cristiano, que já havia negado a tentativa de fuga no sábado (17), declarou que “desconhece a existência da testemunha, e vai aguardar a atualização dos autos do inquérito para se manifestar”. Também reafirmou que “o empresário acionou o socorro e permaneceu no local do acidente”.

A idosa foi atropelada pelo veículo de luxo do empresário. (Foto: Reprodução/RIC Record TV)

Ainda na sexta-feira, uma pessoa ouvida pela RIC Record TV no local do acidente, também falou sobre a tentativa de fuga. Conforme o relato, após atropelar a idosa, o empresário chegou a seguir por cerca de 100 metros, mas foi perseguido por um motociclista que declarou que havia anotado a placa do veículo para entregar à polícia. Diante da ‘ameaça’, o motorista teria então desistido de fugir e retornou até o local do atropelamento de marcha ré para prestar socorro. 

Dedetran investiga o atropelamento

Segundo o delegado Edgar Santana, responsável pela investigação, o empresário foi conduzido à delegacia no dia do atropelamento, mas não foi preso por não existirem provas que demonstrassem uma conduta culposa de sua parte.

“Os policiais militares informaram que o condutor se negou a realizar o teste de bafômetro e não apresentava sinais visíveis de embriaguez. […] Diante dos fatos que nos foram apresentados, não foi possível estabelecer se houve algum tipo de conduta culposa por parte do condutor do veículo, tendo em vista que não foi apresentada nenhuma testemunha e o atropelamento ocorreu fora da faixa de pedestres”,

explicou o delegado.

Assista ao vídeo: