Em entrevista, Eliana Corrêa diz: “a humilhação deles é essa aí, andar algemado, acorrentado. Eu não preciso humilhar ninguém, eu só precisava do meu filho aqui, mas ele não tá”
Nesta terça-feira (18), a audiência de instrução do processo sobre a morte do jogador Daniel Correa foi retomada às 9h, no Fórum de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Eliana Corrêa, mãe do jogador, acompanhou ao lado de outros integrantes da família a audiência das três de perto. Antes de prestar depoimento nesta tarde, Eliana falou brevemente com a imprensa sobre o sentimento que tem em relação aos acusados.
“Monstros perigosos”
Visivelmente abalada, a mãe do jogador Daniel não tem medido esforços para que a justiça pela morte do filho seja feita. Após uma discussão entre advogados presenciada pela família da vítima, Elaine falou com a imprensa antes de entrar na sala para prestar o seu depoimento.
Ao ser questionada sobre o fato de querer acompanhar todas as audiências do caso, a mãe de Daniel rebate: “Eu não faço questão de nada. Nem da presença nem da ausência deles. Eles não significam nada pra mim. O que significa pra mim, o que significava, era meu filho. Agora eles, estando presentes ou não, não faz diferença”.
Além disso, Eliana afirma que ficou sabendo que os acusados tinham receio de ela os agredir com palavras. “Eu não vou agredir com palavras. O que eles tem que passar como humilhação eles já estão passando. A humilhação deles é essa aí, andar algemado, acorrentado. Eu não preciso humilhar ninguém, eu só precisava do meu filho aqui, mas ele não tá”.
Para a mãe da vítima, os acusados são como monstros “Eu tenho pena. Eu não quero falar frente a frente. Eu me expressei mal. Eu falei que não me importo se eu tiver que falar na frente, eu não vou pedir pra eles saírem na hora que eu entrar, se eles quiserem ficar, podem ficar, não vou impedir”, diz.
“Todos devem ser responsabilizados”
Para Eliana, Cristiana Brittes tem sim participação no crime. “Uma pessoa que manda “matar lá fora”, que fala assim: mata lá fora, não quero que mate aqui na minha casa, isso pra mim… Eu sou mãe, sou mãe… Era né, agora não tenho meu filho mais (…) Eles não representam pessoas pra mim. São bichos perigosos”, diz emocionada.
Quando questionada a sua opinião sobre quem deveria ser responsabilizado pelo homicídio, Eliana afirma com convicção “todos! Eu acho que quem vai decidir isso é a juíza, mas todos que torturaram meu filho tem que pagar. Todos mataram ele aos poucos. Todos tem que pagar. O Edison teve a pior participação mas quem matou lá fora, quem chutou, quem agrediu, ele já tava, pelo que eu sei, ele tava sem reação mas, eles continuam torturando ele… Que que é isso? Isso é o que? São monstros!”, finaliza Eliana.
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