Em meio às tensões que tomaram conta de Brasília desde a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, o 1º vice-presidente da Câmara dos Deputados, Altineu Côrtes (PL-RJ), afirmou que vai pautar o projeto de anistia aos envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro assim que o atual presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos), viajar para fora do Brasil.

A afirmação ocorreu durante coletiva de imprensa, nesta terça-feira (5), com parlamentares de oposição ao governo Lula. Durante o ato, deputados afirmaram que estão preparados para a “guerra” e que o Brasil não terá sossego enquanto não pautar o chamado “pacote da paz”, que, além da anistia, inclui impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e fim do foro privilegiado.
Bolsonaro poderá concorrer caso anistia seja aprovada
Caso a anistia seja aprovada, conforme exigem os parlamentares de oposição, o ex-presidente Bolsonaro poderá concorrer nas eleições de 2026, além de ter os processos contra ele anulados.
Para conseguir isso, os parlamentares estão obstruindo os trabalhos na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Na prática, isso significa que nenhum projeto pode ser votado no Congresso Nacional. Segundo o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, o clima daqui em diante será de “guerra” no país.
“A partir de agora estamos nos apresentando para a guerra. Se é guerra que governo quer, guerra terá. Não haverá paz no Brasil enquanto não houver discurso de conciliação, que passa pela anistia, pela mudança do fim do foro e pelo impeachment de Moraes”, destacou o parlamentar.
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