Após atos golpistas, empresário preso diz que não sabia de aluguel de ônibus
O empresário do ramo da construção civil Cláudio Mazzia, que foi preso preventivamente nesta sexta-feira (27), durante a terceira fase da Operação Lesa Pátria, que investiga os atos golpistas em Brasília, no último dia 8 de janeiro, registrou um boletim de ocorrência um dia após os atentados contra o Planalto, o Congresso e o prédio do STF (Supremo Tribunal Federal) por falsidade ideológica.
O BO foi registrado no 1º Distrito Policial de Londrina no dia 9 de janeiro e Mazzia justifica que começou a receber mensagens e ligações sobre a caravana de ônibus fretada para as manifestações em Brasília.
“Relata o notificante que negava que teria um ônibus e que não estaria sabendo de nenhuma viagem relatada; relata o notificante que estariam utilizando do cartão de sua empresa e usando seu nome e telefone a fim de executar uma excursão com destino a Brasília”, registra o boletim de ocorrência.
Mazzia foi um dos 11 presos preventivamente nesta sexta na operação que tem o objetivo de identificar pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram a invasão e destruição dos prédios, móveis e objetos do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF.
Além do Paraná, a operação também teve alvos nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo e Distrito Federal. Ao todo foram cumpridos 11 mandados de prisão preventiva e 27 mandados de busca e apreensão.
A defesa de de Claudio Mazzia, o advogado José Carlos Mancini, afirma que ainda estão “buscando acesso aos documentos, pedidos e decisões que determinam a prisão do Sr. Cláudio”, para que antes possam se pronunciar.