
Richa poderá sair da cadeia ainda nesta sexta-feira (14);
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, concedeu na noite desta sexta-feira (14) o habeas corpus ao ex-governador Beto Richa. Além disso, o magistrado também deu ao político um ‘salvo conduto’ para qualquer prisão preventiva, ou seja, a decisão suspende a deliberação do juiz Fernando Bardelli Silva Fischer, da 13ª Vara Criminal de Curitiba, que prorrogou a prisão do político por data indeterminada ainda nesta sexta-feira (14).
Mendes já havia afirmado em entrevista que considerou a ação um abuso de poder por parte do Ministério Público do Paraná (MP-PR) e que ações orquestradas no período eleitoral além de tumultuar as eleições também são suspeitas.
A defesa de Richa pediu a revogação da prisão temporária expedida pelo MP-PR, na terça-feira (11), sob a alegação de que a Justiça estadual usou a prisão temporária em substituição à conduta coercitiva, considerada inconstitucional pelo STF em junho de 2018.
Depoimentos de Richa e Fernanda
Richa preferiu manter silêncio durante o seu depoimento ao Gaeco em Curitiba, nesta sexta-feira (14). Segundo Leonir Batisti, coordenador do Gaeco, ele não quis se manifestar nem quando indagado sobre algum assunto. “O ex-governador Beto preferiu silenciar e silenciou integralmente e não quis sequer fazer comentários sobre alguns aspectos que lhe foram perguntados”, disse durante coletiva de imprensa.
Enquanto o marido não quis se manifestar, Fernanda Richa optou por falar. Ainda segundo Batisti, durante o seu depoimento a ex-secretária atribuiu ao contador da família – Dirceu Pupo, também preso na terça (11) – todos os atos. “Ela, principalmente, explicou que as eventuais responsabilidades das questões cabiam ao administrador da empresa da família ou das empresas da família. Especificamente, ao contador Pupo, em quem ela disse ter confiança e, portanto, era ele que realizava todas as atividades na administração da sociedade”, informou.
De acordo com o MP-PR, Carlos Alberto Richa é investigado por suspeita de coordenar um esquema de pagamento de propinas, lavagem de dinheiro, obstrução da Justiça e direcionamento de licitações de empresas durante a vigência do programa estadual ‘Patrulha do Campo’. Segundo a promotoria, Beto fazia lavagem de valores ilícitos com apoio da mulher, Fernanda Richa. Motivo pelo qual, ela também está presa.