O ex-governador Carlos Alberto Richa é candidato ao senado. (Foto: Dálie Felberg/Wikipedia)

Richa foi preso na manhã desta terça-feira (11); ele está detido no Complexo Médico Penal de Pinhais

Uma imagem vazada mostra o nome do ex-governador do Paraná e candidato ao senado como interno no Sistema de Informações de Penitenciárias do estado. Beto Richa está preso no Complexo Médico Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, onde deverá cumprir a prisão temporária que vale por cinco dias. (Veja abaixo)

O político foi preso durante a Operação Rádio Patrulha, do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrada na manhã desta terça-feira (11). Junto com ele, também foram detidos: Fernanda Richa, esposa do candidato e ex-secretária da Família e Desenvolvimento Social; Pepe Richa, irmão de Richa e ex-secretário de Infraestrutura; Luiz Abib Antoun, primo de Richa; Deonilson Roldo, ex-chefe de gabinete de Beto; Ezequias Moreira, ex-secretário de cerimonial de Beto Richa; Robinson Cavanhago, empresário; Aldair W. Petry; Celso Frare, empresário da Ouro Verde; Dirceu Pupo, contador; Emerson Cavanhago, empresário e Túlio Bandeira, advogado.

Além dos presos, três pessoas ainda estão com os mandados de prisão em aberto. São eles: André Felipe Bandeira; Joel Malucelli, empresário J.Malucelli e Edson Casagrande, ex-secretário de Assuntos Estratégicos de Richa.

Na tarde de terça, todos os suspeitos participaram da Audiência de Custódia realizada no Centro Judiciário, no bairro Ahú, na capital.

Nome de Beto já consta no cadastro dos internos. (Foto: Reprodução) 

A defesa do ex-governador informou à RICTV Curitiba | Record PR, durante entrevista no início da tarde, que ele está bem e sereno. “Ele sempre se dispôs a prestar quaisquer esclarecimentos à Justiça e também ao Gaeco e não há razão para esse procedimento, inclusive e especialmente, em período pré-eleitoral”, disse. 

Prisão de Carlos Alberto Richa

Richa foi preso pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR). A operação em questão é referente ao pagamento de propina para agentes públicos, lavagem de dinheiro e direcionamento de licitações de empresas durante o programa do governo estadual ‘Patrulha do Campo’, além de e obstrução da Justiça.

De acordo com Leonir Batisti, coordenador do Gaeco, o programa era responsável pela locação de máquinas ao Governo do Paraná, usadas para a conservação das estradas rurais. No entanto, maiores detalhes não serão divulgados porque a investigação corre em “sigilo de Justiça”.

Ainda segundo Batisti, as prisões na véspera das eleições não foram intencionais, mas sim consequência do andamento das investigações. “O Ministério Público tenta se pautar, embora não pareça para muitas pessoas, de acordo com as próprias condições. Não há uma vedação legal de se fazer investigações no período pré-eleitoral. Eu sei que quando atinge uma pessoa que inclusive é candidata, é óbvio que isso interfere, mas nós não podemos parar os trabalhos”, disse durante entrevista.

Lava Jato

O político também é investigado pela Polícia Federal na 53ª fase da Lava Jato. Sobre essa suspeita, o apartamento de Beto foi alvo de mandado de busca e apreensão também na manhã desta terça (11).