O ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) na manhã desta sexta-feira (18). Ao todo, dois mandados de busca foram cumpridos pela PF na residência de Bolsonaro e em endereços ligados ao PL, em Brasília (DF).

A operação da Polícia Federal foi autorizada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), com base no parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR) por investigar Bolsonaro pelos crimes de coação no curso do processo, obstrução a Justiça e ataque a soberania nacional.
Segundo informações do R7, Bolsonaro ainda terá que usar uma tornozeleira eletrônica e não poderá sair da residência aos fins de semana e das 19h e 7h entre segunda e sexta-feira.
O ex-presidente ainda não poderá ter contato com embaixadores e diplomatas estrangeiros, bem como se aproximar de embaixadas.
Bolsonaro ainda foi proibido de ter contato com outros réus investigados na trama golpista. O ex-presidente também não poderá ter acesso às redes sociais.
PGR recomendou que Bolsonaro e outros réus sejam julgados pelo STF

A PGR pediu na última segunda-feira (14) ao STF a prisão de Jair Bolsonaro e de mais sete réus do núcleo 1 da trama golpista.
O procurador-geral, Paulo Gonet, cita em um documento de 517 páginas que Bolsonaro e os demais réus sejam condenados pelos seguintes crimes:
- Organização criminosa armada;
- Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- Golpe de Estado;
- Dano qualificado pela violência;
- Grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
As penas máximas para esses crimes ultrapassam os 30 anos de prisão. A tendência é que Bolsonaro e os demais réus sejam julgados ainda em setembro deste ano.
Gonet citou que Bolsonaro era o líder da organização criminosa e foi o “principal articulador e maior beneficiário” dessas ações. O ex-presidente teria operado um “esquema persistente” de ataque às instituições públicas e ao processo sucessório após o resultado das eleições presidenciais.
“Com o apoio de membros do alto escalão do governo e de setores estratégicos das Forças Armadas, mobilizou sistematicamente agentes, recursos e competências estatais, à revelia do interesse público, para propagar narrativas inverídicas, provocar a instabilidade social e defender medidas autoritárias”, disse o procurador no documento.
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