O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) planejava pedir asilo político ao chefe do executivo da Argentina, Javier Milei. Em documento divulgado na noite desta quarta-feira (20) pela Polícia Federal (PF), Bolsonaro teria alegado na carta ser um “perseguido político” no Brasil.

O documento divulgado pela PF ainda aponta que Bolsonaro disse na carta “temer pela vida” e que pode “sofrer um novo atentado político”. O ex-presidente também reclama de não ter a “proteção necessária” a um ex-presidente.
Bolsonaro ainda teria citado que a determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que imputa uma prisão domiciliar ao ex-presidente é “injusta, ilegal, arbitrária e inconstitucional”.
Até o fechamento dessa matéria, Javier Milei não havia se manifestado sobre a tentativa de pedido de asilo político de Bolsonaro.
Além de divulgar o documento enviado ao presidente argentino, a PF ainda indiciou Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente e deputado federal. Ambos podem responder pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito por meio da restrição ao exercício dos poderes constitucionais.
Antes de pensar em pedir asilo a Milei, Bolsonaro foi sentenciado por Moraes

Jair Bolsonaro teve prisão domiciliar determinada pelo ministro Alexandre de Moraes na tarde de 4 de agosto.
Segundo o portal R7, Moraes pontuou na decisão que Bolsonaro descumpriu medidas cautelares previstas, como, por exemplo, ter conteúdos veiculados nas redes sociais dos filhos do ex-presidente.
“Não há dúvidas de que houve o descumprimento da medida cautelar imposta a Jair Messias Bolsonaro”, disse Moraes na decisão.
O ministro do STF ainda pontuou que os conteúdos publicados pelos filhos de Bolsonaro continham “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.
Dessa forma, Bolsonaro seguirá monitorado por uma tornozeleira eletrônica e não poderá receber visitas, com exceção de familiares próximos e advogados. O ex-presidente ainda não terá acesso a nenhum aparelho celular.
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