Jair Bolsonaro buscou explicar nesta segunda-feira (8), o que quis dizer ao afirmar que “não nasceu para ser presidente”. Às vésperas da marca dos 100 dias de governo, ele contou que é um desafio ocupar o Palácio do Planalto e que está confiante.

Bolsonaro afirma ter dificuldades

Além disso, Bolsonaro afirmou que na quinta-feira (11), poderá anunciar o cumprimento de mais de 90% das metas fixadas logo que assumiu o poder.  “Não é fácil sentar nesta cadeira”, acrescentou. “[Mas] alguém tem de mudar o Brasil”, acrescentou, informando que, se fosse dar uma nota ao seu ministério, seria 10.

Para Bolsonaro, a dificuldade nos primeiros dias de governo se concentrou na morosidade. “Eu confesso que gostaria de mais agilidade, mas é um ministério novo”, afirmou. “Muitos dos ministros não têm experiência,” afirmou durante entrevista à TV Jovem Pan.

Redução do valor da Lei Rouanet

O presidente adiantou que pretende anunciar a redução do valor do teto dos projetos financiados pela Lei Rouanet, que se destina a propostas do setor cultural. Ele também afirmou que quer modificar o sistema das lotéricas, ampliando os serviços oferecidos.

Avanços no Governo Bolsonaro

O presidente disse que a proposta “mais importante” entre as elencadas para os 100 dias de governo é a reforma da Previdência. Segundo ele, o desenvolvimento econômico, a geração de emprego e os avanços do país estão atrelados à reforma.

Para Bolsonaro, sem a reforma, ficará impossível administrar o país a partir de 2022. “Acredito que a Previdência será aprovada em pouco tempo”, destacou o presidente.

Caixa-preta

O presidente afirmou que vai cobrar do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Joaquim Levy, a abertura dos sigilos da instituição. A determinação foi definida durante a campanha e reiterada nos primeiros dias de governo.

Em setembro de 2018, o comando do BNDES anunciou que a dívida de Cuba e Venezuela é de aproximadamente US$ 1 bilhão.

Meio Ambiente

O presidente afirmou que as questões ambientais estão interligadas às áreas agrícola e indígena. Segundo ele, as demarcações devem ser submetidas a análises criteriosas e não baseadas em “laudos suspeitos”.

Bolsonaro relatou ter ouvido queixas de fazendeiros sobre irregularidades cometidas, no passado, por integrantes da Fundação Nacional do Índio (Funai). O presidente ressaltou que os indígenas querem ter acesso aos benefícios dos demais, como assistência à saúde e diversão.

Por fim, afirmou que a disposição do governo é permitir que quilombolas e indígenas tenham condições de “vender ou explorar suas terras como quiserem”.