Investigação da Polícia Federal (PF) apontou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) movimentou mais de R$ 30 milhões em um ano. O relatório da PF, com base em informações do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), indica que essas operações podem ser consideradas como lavagem de dinheiro.

Segundo o portal R7, a Polícia Federal analisou Relatórios de Inteligência Financeira do Coaf que envolvem Jair Bolsonaro, o deputado federal e filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e outras pessoas próximas ao investigado.
Confira abaixo as movimentações financeiras feitas por Jair Bolsonaro entre março de 2023 e fevereiro de 2024:
Entradas
- Pix: R$ 19,2 milhões (mais de 1,2 milhão de operações);
- Aplicações em CDB/RDB: R$ 8,7 milhões;
- Operações de câmbio: R$ 1,4 milhão;
- Proventos: R$ 373 mil.
Saídas
- Aplicações em CDB/RDB: R$ 18,3 milhões;
- Transferências via DOC/TED: R$ 7,5 milhões;
- Pagamento de títulos: R$ 1,5 milhão;
- Pix: R$ 1,1 milhão.
“Tais comunicações referem-se exclusivamente às operações identificadas pelos entes obrigados como possivelmente relacionadas à lavagem de dinheiro ou a outros ilícitos, dentro do período especificado na própria comunicação”, explicou a PF.
Jair Bolsonaro está preso em regime domiciliar há quase duas semanas

Jair Bolsonaro teve prisão domiciliar determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na tarde de 4 de agosto.
Segundo o portal R7, Moraes pontuou na decisão que Bolsonaro descumpriu medidas cautelares previstas, como, por exemplo, ter conteúdos veiculados nas redes sociais dos filhos do ex-presidente.
“Não há dúvidas de que houve o descumprimento da medida cautelar imposta a Jair Messias Bolsonaro”, disse Moraes na decisão.
O ministro do STF ainda pontuou que os conteúdos publicados pelos filhos de Bolsonaro continham “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.
Dessa forma, Bolsonaro seguirá monitorado por uma tornozeleira eletrônica e não poderá receber visitas, com exceção de familiares próximos e advogados. O ex-presidente ainda não terá acesso a nenhum aparelho celular.
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