Em reunião com a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira (22), o Brasil se recusou a subsidiar hospedagens das delegações participantes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). Devido a alta procura pela rede hoteleira de Belém (PA), cidade-sede do evento, o preço das hospedagens chegou a subir 15 vezes e a COP30 pode ter uma baixa participação de países.

Segundo a Reuters, 48 questionamentos sobre a rede hoteleira de Belém foram encaminhadas pela ONU ao Governo Federal. O Brasil teria sugerido que a própria Organização aumente o subsídio a essas diárias – atualmente de US$ 144. Essa proposta foi recusada até o momento e a tendência é que não haja novos aportes para auxiliar os países participantes.
Para tentar mitigar essa crise, o Governo Federal anunciou a criação de uma força-tarefa para tentar negociar os preços e oferta de hospedagens para a COP-30, que será realizada em novembro deste ano.
O foco da força-tarefa é oferecer preços mais competitivos aos 72 países integrantes dos grupos dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS, na sigla em inglês) e Países Menos Desenvolvidos (LDCs, na sigla em inglês).
Menos de um terço dos países confirmou participação na COP30 no Brasil

Segundo o Governo Federal, 47 países confirmaram participação COP30 no Brasil. 39 dessas nações fizeram as reservas na plataforma oficial do evento, enquanto Egito, Espanha, Portugal, República do Congo, Singapura, Arábia Saudita, Japão e Noruega – fizeram negociações diretas ou em outras plataformas.
Diversos países questionaram o Brasil para auxílio na negociação com a rede hoteleira de Belém para preços mais competitivos durante a realização da COP30 – ou a possibilidade de troca da cidade-sede.
Ao todo, 198 países são signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). Todas essas nações participaram da última edição do evento, realizada em 2024, em Baku, capital do Azerbaijão.
*com informações da Agência Brasil
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