Segundo o Eduardo Cunha (PMDB-RJ) seriam necessários 75 dias só para copiar os documentos pedidos pelo senador Romário
O senador Romário Faria (PSB-RJ), presidente da CPI do Futebol, em tramitação no Senado, solicitou cópias de todos os documentos da CPI CBF/Nike à Câmara dos Deputados, instalada no ano 2000, e foi avisado de que precisa ser mais específico no seu pedido e deverá ter acesso apenas a parte dos papéis. Segundo o Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Casa, seriam necessários 75 dias só para copiar os documentos pedidos por Romário.
De acordo com o Centro de Informação e Documentação da Câmara, a extinta CPI CBF/Nike tem 21,5 metros de papéis (armazenados em 215 caixas), 62 fitas VHS e cassete, 129 CDs, disquetes e zip-disk e mais 38 rolos de microfilmes. Por isso, Cunha enviou ofício a Romário pedindo que o senador “aponte quais dos documentos ostensivos constantes do referido acervo seriam do seu interesse, com vistas à orientação sobre a sua digitalização”. Segundo o presidente da Câmara, a Comissão Especial de Documentos Sigilosos precisa liberar o acesso a papéis sigilosos, reservados ou protegidos.
As investigações da CPI da CBF/Nike foram arquivadas porque, na época, o relatório da CPI não foi aprovado. O presidente da comissão era Aldo Rebello, que depois foi ministro do Esporte. A CPI do Futebol no Senado também já aprovou requerimento para ouvir o deputado federal Silvio Torres (PSDB-SP), que foi o relator da CPI CBF/Nike.
No requerimento feito por Romário para ter acesso aos documentos da CPI CBF/Nike, o senador justifica que o Senado tem o objetivo de investigar a CBF e possíveis irregularidades em contratos da seleção brasileira. Como o acordo comercial com a Nike já foi alvo de investigações dos deputados, ele pediu acesso ao processo.