Nesta quarta-feira (17), o ex-presidente Jair Bolsonaro foi diagnosticado com “carcinoma de células escamosas”, um tipo de câncer de pele. Duas das oito lesões retiradas do presidente no último domingo (14) apresentavam as células cancerígenas.

De acordo com o Ministério da Saúde, um carcinoma é um tumor maligno que se desenvolve a partir de células epiteliais. Essas são as células que revestem a pele, cavidades internas dos órgãos e outras superfícies do corpo.
No caso de Bolsonaro, que foi diagnosticado com carcinoma de células escamosas (CCE), o tumor é originário das células epiteliais que revestem a epiderme e as mucosas do trato respiratório, digestivo ou geniturinário. Esse é o segundo tipo de câncer de pele mais comum.
Geralmente, este tipo de tumor aparece em áreas com muito contato com o sol, como rosto, orelhas, mãos e braços. Na maioria dos casos, o câncer se apresenta como uma ferida que não cicatriza, uma crosta que sangra facilmente uma mancha endurecida na pele.
Ao contrário da maioria dos tipos de câncer de pele, o carcinoma tem mais chance de se espalhar para outras partes do corpo. Por isso, o diagnóstico precoce e rápido tratamento são essenciais.
O quão grave é o carcinoma de Bolsonaro? Médico explica
Segundo o médico Eduardo Alvarenga, o câncer de Bolsonaro não tem alta mortalidade. Quando tratado precocemente, o carcinoma de células escamosas tem taxa de 1-5% de mortalidade em 5 anos.

Conforme o boletim médico do ex-presidente, ele não passará por quimioterapia, apenas acompanhamento frequente. Isso se dá pois as lesões de pele com o carcinoma foram removidas, o que, de acordo com o dr. Alvarenga, é comum.
“O tratamento depende do estágio da doença, mas como na maioria dos casos a doença é localizada, sem a presença de metástases, a cirurgia com remoção das lesões é o tratamento de escolha”, explicou.
A partir de agora, será necessário um acompanhamento de perto da saúde de Bolsonaro. De acordo com o médico, pessoas que tiveram carcinoma de células escamosas tem 50% de chance de desenvolver um novo câncer de pele em 5 anos. Além disso, os pacientes também têm um risco duas vezes maior de desenvolver outros tipos de câncer, como no cólon ou no pulmão, quando comparado com a população geral.
“O recomendado é que ele seja reavaliado a cada 3 a 6 meses nos primeiros 2 anos após o tratamento, e anualmente depois desses 2 primeiros anos”, concluiu.
Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do Ric.com.br. Clique aqui