Brasil - Termina hoje, sexta-feira (22), o julgamento virtual que envolve a deputada licenciada Carla Zambelli (PL‑SP), acusada pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo. O Supremo Tribunal Federal (STF) já atingiu maioria de 7 votos a 2 para condenar a parlamentar.

O processo teve início na semana passada e pode condenar Zambelli a 5 anos e 3 meses de prisão. Agora, faltam apenas os votos dos ministros Luís Roberto Barroso e Luiz Fux.
Carla Zambelli: confira os votos já computados em julgamento
Seguem o relator Gilmar Mendes os ministros:
- Alexandre de Moraes
- Cármen Lúcia
- Flávio Dino
- Cristiano Zanin
- Dias Toffoli
- Edson Fachin
Votos divergentes
Divergiram os ministros:
- Nunes Marques, que votou pela absolvição no crime de porte ilegal e desclassificou o constrangimento ilegal, entendendo que a pena estaria prescrita.
- André Mendonça, que absolveu Zambelli do porte ilegal, mas a condenou a 8 meses de prisão em regime aberto por constrangimento ilegal.
Entenda o caso envolvendo Carla Zambelli
Esta é a segunda condenação de Zambelli no STF. Em maio de 2025, a Primeira Turma a condenou, por unanimidade, a 10 anos de prisão por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), falsidade ideológica e inserção de mandado falso de prisão. A pena ainda previa perda do mandato, inelegibilidade e multa de R$ 2 milhões por danos coletivos.
O hacker Walter Delgatti também foi condenado junto a 8 anos e 3 meses de prisão, e ambos foram obrigados a arcar com indenização de R$ 2 milhões, conforme decisão unânime.
Fuga e prisão na Itália
Aproximadamente 20 dias após essa condenação, Zambelli fugiu do Brasil e se dirigiu à Europa, alegando que tinha cidadania italiana e que seria “intocável” no exterior. A Polícia Federal solicitou sua prisão preventiva e incluiu seu nome na lista vermelha da Interpol.
Em 29 de julho de 2025, Zambelli foi presa em Roma, em um apartamento onde estava escondida. Sua equipe alegou que ela se entregou voluntariamente, mas essa versão foi contestada por autoridades brasileiras.
Na sequência, o governo brasileiro solicitou a extradição da deputada para o Brasil, que foi oficializada no dia 11 de junho.
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