A ex-governadora do Paraná, Cida Borghetti (Progressistas), recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando novamente que o seu pedido de aposentadoria vitalícia seja redistribuído para o ministro Gilmar Mendes. Conforme argumenta o recurso, a redistribuição é necessária porque Mendes já julgou os processos que concederam o benefício a outros ex-governadores paranaenses.

A ex-governadora do Paraná, Cida Borghetti (Progressistas), recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando novamente que o seu pedido de aposentadoria vitalícia seja redistribuído para o ministro Gilmar Mendes. Conforme argumenta o recurso, a redistribuição é necessária porque Mendes já julgou os processos que concederam o benefício a outros ex-governadores paranaenses.
Cida Borghetti foi governadora entre abril e dezembro de 2018 (Foto: Câmara dos Deputados)

Anteriormente escolhido como relator da ação inicial, o ministro Edson Fachin se declarou suspeito. Assim, o caso passou para a relatoria da ministra Carmen Lúcia. Agora, após esse novo pedido, a ministra encaminhou os autos para o presidente da corte, Luís Roberto Barroso, que decidirá qual ministro ficará com o caso.

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O novo pedido é um desdobramento das solicitações anteriores da ex-governadora. Inicialmente, Cida Borghetti recorreu ao STF para derrubar o ato do Governo do Paraná que indeferiu a concessão da aposentadoria. Além disso, a ação inicial já solicitava que o caso fosse distribuído ao ministro Gilmar Mendes, que foi o relator do processo que concedeu a aposentadoria especial a cinco ex-governadores: João Elísio Ferraz de Campos, Paulo Pimentel, Mário Pereira, Orlando Pessuti e Beto Richa. O benefício concedido aos políticos é de mais de R$ 35 mil.

Ex-governadora solicitou aposentadoria vitalícia após ficar oito meses no cargo

Cida Borghetti voltou a solicitar a aposentadoria vitalícia, nos moldes do que é pago atualmente aos cinco ex-governadores, no início do mês. Ela governou o estado de abril a dezembro de 2018, depois que Beto Richa (PSDB) renunciou para disputar o Senado Federal. Ou seja, Cida ficou apenas oito meses à frente do executivo estadual.

A esposa do secretário da Indústria, Comércio e Serviço Ricardo Barros (Progressistas) já havia solicitado o benefício, ainda em 2019, logo após deixar o cargo, mas o então recém-empossado governador Ratinho Junior (PSD) negou o pedido alegando “ausência de previsão legal”. O próprio governador enviou a Assembleia Legislativa uma proposta que extinguiu o benefício aos futuros ex-governadores, incluindo ele.

Mas, a aposentadoria especial voltou a ser paga pelo Governo do Paraná a cinco ex-chefes do executivo estadual em maio de 2023. Após uma decisão do ministro do STF, Gilmar Mendes.

Além de Cida Borghetti, o também ex-governador Roberto Requião (Mobiliza) busca o reconhecimento ao direito no STF. O pedido foi negado pelo ministro Luiz Fux, mas a equipe jurídica do político recorreu solicitando revisão da decisão do magistrado. Emílio Hoffmann Gomes e Jaime Lerner, que também poderiam receber os valores, já morreram.

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Luciano Balarotti

Repórter

Formado pela UFPR, Luciano Balarotti tem 25 anos de experiência profissional, grande parte dedicada ao jornalismo esportivo. Mas atua também em áreas como Cultura, Cotidiano, Segurança Pública, Automóveis e Concursos.

Formado pela UFPR, Luciano Balarotti tem 25 anos de experiência profissional, grande parte dedicada ao jornalismo esportivo. Mas atua também em áreas como Cultura, Cotidiano, Segurança Pública, Automóveis e Concursos.