O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, está sendo acusado de receber propina em dinheiro vivo para beneficiar suspeitos de chefiar esquema bilionário do Primeiro Comando da Capital (PCC) na Faria Lima.

senador Ciro Nogueira durante fala no Senado Federal
A informação contra Ciro Nogueira veio de testemunha anônima, ouvida pelo site (Foto: Pedro França/Agência Senado)

A acusação foi publicada pelo portal ICL Notícias, conhecido por seu viés de esquerda, e aponta que uma testemunha teria afirmado em depoimento à Polícia Federal (PF) que o senador recebeu uma quantia em dinheiro de Mohamad Hussein Mourad, o “Primo”, e Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”.

Segundo essa testemunha, que concedeu entrevista ao site de forma anônima, o pagamento foi feito no gabinete do senador, em Brasília, durante o mês de agosto de 2024.

A reportagem aponta que os investigados pela PF pretendiam que Ciro Nogueira defendesse os interesses dos suspeitos junto à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Segundo o ICL Notícias, Ciro também teria atuado em projetos de lei para beneficiar o grupo criminoso.

O que diz Ciro Nogueira sobre as acusações

Em resposta às acusações, Ciro Nogueira encaminhou ao ministro Ricardo Lewandowski, da Justiça e Segurança Pública, um ofício onde classifica o portal como “um site de pistolagem da esquerda contra seus adversários, uma espécie de milícia digital” e negou todas as acusações.

“Ao informar Vossa Excelência que essas pessoas jamais estiveram em meu gabinete, que por jamais ter tido proximidade de qualquer espécie, e portanto nunca poderia ter advogado em benefício delas e a inaceitável hipótese de que poderiam ter me favorecido financeiramente, de qualquer forma, é absolutamente mentirosa, peço a Vossa Excelência que determine, com a máxima urgência, à Polícia Federal, que solicite os registros de entrada em meu gabinete no ano citado ou em qualquer ano, e que requeira as imagens e os registros de entrada na sede ou nos escritórios dessas pessoas”, disse Ciro Nogueira ao ministro.

O senador também colocou à disposição da justiça todos os sigilos telemáticos, incluindo os do gabinete, para comprovar que jamais teve relação com os investigados.

“Vossa Excelência, como ex-magistrado, tenho certeza, saberá conter os impulsos primitivos da extrema esquerda que possam querer fazer do algo fundamental – o desmantelamento do crime organizado no Brasil – um instrumento de ataque e tentativa de obter ganhos políticos abomináveis por meio da sordidez do uso de fragmentos, com o único propósito de intimidar ou macular os que se colocam em oposição a esse governo, como é o meu caso, algo absolutamente legítimo na democracia. Não irá de modo algum me atingir com esse tipo de torpeza. Tenho minha consciência tranquila e a verdade ao meu lado. Quero mais, e não menos, investigação”, finalizou.

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Erick Mota posando para foto
Erick Mota

Editor-chefe

Jornalista há mais de 10 anos, atuou como repórter de rede em Brasília, onde se especializou em jornalismo político. Participou de coberturas no STF, Congresso Nacional e Assembleias Legislativas. Também cobriu o caso Lázaro Barbosa e morte da cantora Marília Mendonça. Produziu documentários e reportagens especiais por todo Brasil. Possui uma paixão especial em fotografia e jornalismo cultural. Apresentou programas de TV e podcasts durante toda a carreira.

Jornalista há mais de 10 anos, atuou como repórter de rede em Brasília, onde se especializou em jornalismo político. Participou de coberturas no STF, Congresso Nacional e Assembleias Legislativas. Também cobriu o caso Lázaro Barbosa e morte da cantora Marília Mendonça. Produziu documentários e reportagens especiais por todo Brasil. Possui uma paixão especial em fotografia e jornalismo cultural. Apresentou programas de TV e podcasts durante toda a carreira.