Brasil - A deputada federal, Rosângela Moro (União-SP) afirmou já ter apoio suficiente para avançar com um projeto de lei que pretende mudar as regras de `publicidade e transparência´ para os gastos e as agendas da primeira-dama, Janja da Silva.  Rosângela conversou com esta coluna e com a Rádio Jovem Pan Curitiba e considerou que estamos “diante de uma coisa bizarra”. 

Deputada Rosângela Moro defende acolhimento psicológico a quem cria laços afetivos com bonecas realistas

Rosângela Moro diz que Janja vive em “campo de sombras” e que situação é “coisa bizarra” (Foto: Câmara Federal)

A deputada explica que a proposta quer endurecer as regras sobre falta de transparência nos gastos de familiares de chefes de Estado e afirma que a primeira-dama Janja vive “em um limbo jurídico” :

“Ela (Janja) tem um gabinete, ao que tudo indica, com 20 assessores e ela lida com orçamento. Não existe o bônus sem o ônus. É disso que se trata! (…) O fato é que nunca ninguém imaginou que a gente precisasse regulamentar uma posição de primeira-dama porque agora a gente está diante de uma coisa bizarra”.

Confira no vídeo alguns trechos desta entrevista:

Deputada afirma que Janja é mantida em “limbo jurídico” (Reprodução vídeo: Youtube/Jovem Pan Grupo Ric)

Segundo Rosângela Moro, acima de tudo, o presidente Lula não quer nomear Janja para nenhum cargo público:

“Se ele (Lula) nomeia, automaticamente a Lei de Acesso à Informação incide sobre ela. Então, o presidente Lula deixa ela (Janja) nesse campo de sombras (…) Ela que seja nomeada então, menos mal”. 

Política e Paraná

A política também avaliou a federação entre o partido dela, o União Brasil, com o Progressistas (PP). Rosângela Moro compreende que o movimento fortalece as siglas para formar uma terceira via, nas eleições de 2026.

Perguntada sobre o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD) ser um potencial concorrente em um cenário nacional, ela respondeu:

“O Ratinho é um excelente nome para concorrer à Presidência da República. Vejo nomes fortes: Bolsonaro (PL), que vamos precisar ver qual será o desfecho porque ele está enfrentando questões jurídicas, do nosso partido tem o governador Caiado (União), muito bem avaliado. São Paulo tem o governador Tarcísio (Republicanos) e o Paraná tem o governador Ratinho, Zema… então é possível sair uma composição daí.”

Operação Lava Jato

Rosângela Moro ainda esclareceu que não há constrangimentos sobre o fato de políticos do PP- agora, novos aliados de federação partidária- terem sido críticos ou mesmo investigados pela Lava Jato.

Segundo ela, a operação “ao que tudo indica acabou” e não pode ser politizada porque se tratou de um processo jurídico que apenas envolveu players do campo político.

Eleições

Na entrevista, Rosângela Moro confirmou que mantém o domicílio eleitoral no Paraná- o tema foi alvo de polêmicas por ter sido transferido para Sâo Paulo- e avaliou o momento como precoce para traçar planos eleitorais.

Já sobre ter sido candidata à vice para a Prefeitura de Curitiba, em 2024, ao lado do deputado Ney Leprevost (União -PR), explicou que atendeu a um pedido do partido e que o curitibano esperava um candidato mais antissistema.

A deputada chegou a ser alvo de críticas por parte do antigo parceiro de chapa. Ney Leprevost afirmou que começou a perder a campanha quando “cometeu o erro de aceitar o pedido do União Brasil nacional de colocar a mulher do Moro na vice”. Rosângela esclareceu que da parte dela não houve nenhuma tensão. “Nao tenho nada para falar sobre ele “.

Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui    

Compartilhar