A crise no PSL e o anuncio de saída do partido de Bolsonaro afeta deputados do Paraná, que podem ir para outras legendas. Com a possível debandada de parlamentares, a dinâmica do Congresso Nacional pode sofrer mudanças.
Como a crise do PSL afeta os deputados do Paraná?
Dois deputados do Paraná são afetados diretamente pela crise no PSL, já que haviam construído candidaturas com o partido para as eleições municipais de 2020. É o caso do deputado estadual Fernando Francischini, que pretende disputar à Prefeitura de Curitiba; e o deputado federal Filipe Barros, que é pré-candidato à Prefeitura de Londrina.
A diferença é que Francischini integra o grupo que seguirá no PSL e Filipe Barros é da turma que vai embora do partido para embarcar no novo projeto criado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Entenda a opinião dos parlamentares:
- Fernando Francischini: atualmente é o presidente estadual do partido e sua esposa é a secretária nacional. Portando, tem o apoio partidário para consolidar sua candidatura à Prefeitura de Curitiba;
- Filipe Barros: após reunião com Bolsonaro, o deputado informou que seguirá com o presidente no novo partido. Além disso, argumentou que sabe que a decisão é arriscada e que corre o risco do projeto não ser formalizado em tempo hábil para a disputa do ano que vem;
- Felipe Francischini: a produção do programa RIC Mais Notícias não obteve resposta sobre a decisão do parlamentar;
- Aline Sleutjes: depois da reunião com Bolsonaro, a parlamentar seguirá para o novo partido. Nas redes sociais disse que a partir da semana que vem começará a divulgar a assinatura para apoiar o novo partido;
Bolsonaro quer criar novo partido
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou nesta terça-feira (12) a aliados que vai deixar o PSL e que vai trabalhar para criar um novo partido, chamado ‘Aliança pelo Brasil’.
Os advogados estimam que vão conseguir entregar, até março do ano que vem, 500 mil assinaturas exigidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para criação de nova sigla. A ideia é viabilizar o partido a tempo de lançar candidatos às eleições municipais de 2020, o que exige aprovação na corte eleitoral até abril.