O delegado chefe da Polícia Federal (PF), Igor Romário De Paula, responsável pelas investigações da operação Lava Jato, foi o entrevistado desta sexta-feira (03) do quadro “Oito em ponto com Denian Couto”, dentro do programa Paraná no Ar, da RICTV Record.
Com início em março de 2014, a Lava Jato já teve quinze fases, tendo como foco central a Petrobras. Ela investiga crimes como lavagem de dinheiro, fraude a licitações e corrupção. São cerca de quinhentas pessoas investigadas, entre elas políticos e responsáveis por grandes empresas. Até agora, foram 86 presos.
A Lava Jato é considerada a maior operação de combate à corrupção no Brasil. Nos estúdios da RICTV Record, Igor Romário de Paula revelou que, quando assumiu os trabalhos, no ano passado, não imaginava que eles alcançariam as proporções que alcançaram. Segundo ele, o que fez com que as investigações se acelerassem foi a dimensão dos valores envolvidos, que podem ser muito maiores do que o que vem sendo divulgado.
“Informações dadas por delatores e dados levantados durante as investigações apontam um prejuízo de cerca de R$ 6 bilhões aos cofres públicos. Porém, laudos periciais indicam que o valor movimentado ilegalmente pode chegar a algo entre R$ 20 bilhões e R$ 25 bilhões”, afirmou o delegado.
Igor de Paula também revelou como é a carceragem da Polícia Federal, onde pessoas como o ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Jorge Luiz Zelada, e o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, estão detidos. De acordo com ele, apesar de serem pessoas de muito dinheiro, os presos da Lava Jato são tratados como presos comuns.
“O tratamento dado a estas pessoas é o mesmo dado ao preso pequeno. A carceragem da Polícia Federal é temporária, utilizada antes que o detido seja transferido para um presídio. Porém, tem celas com grades e regras que são iguais para todos. Existem horários determinados para alimentação e banho de sol”, declarou.
Confira a entrevista completa: