Paraná - O deputado federal do Paraná, Sargento Fahur (PSD-PR) comentou, pela primeira vez, a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) de enviar ao Conselho de Ética a representação da qual ele é alvo por suposta quebra de decoro parlamentar. Fahur disse que vai se defender e afirmou estar tranquilo: “Quase certeza que não passará de uma advertência ou arquivamento”, declarou.

Fahur Hugo Motta
Sargento Fahur diz estar tranquilo sobre processo no Conselho de Ética e avalia condução de Hugo Motta como “ditatorial” (Foto: Reprodução Câmara dos Deputados/ Cláudio Araújo)

O paranaense foi alvo de uma das 20 representações apresentadas na última sexta-feira (15) contra 11 deputados. Entre eles, Eduardo Bolsonaro (PL-RJ).

Paranaense é acusado de ameaçar colega

Fahur é acusado de ameaçar agredir o deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) durante reunião da Comissão de Segurança Pública, em 15 de julho.

O paranaense se referiu a participação do deputado Vieira no filme Marighella em que o parlamentar interpreta um padre e afirmou na ocasião: “Se tiver um filme em que o pastor apanha eu gostaria de ser o policial que bate”.

A fala gerou reações e foi alvo de protestos por parte de Vieira que considerou o episódio “violento” e “ameaçador”.

Deputado considera episódio apenas brincadeira

Ao comentar o motivo da representação, o deputado afirmou que a fala teria se tratado apenas de uma brincadeira fora de contexto e sem teor de ameaça:

Ele (deputado Vieira) seria um monge, um frei franciscano que teria apanhado de policiais ou de militares… Não sei ao certo, não vi o filme. Aí, eu fiz uma brincadeira. Talvez fora de contexto, fora de hora, mas fiz uma brincadeira e falei para ele: ‘- Se o senhor for fazer um outro filme? Sendo alguém que apanha, eu queria ser o policial que bate. ‘ E aí ele sentiu se ofendido.

O deputado alegou ainda que a Câmara tem momentos tensos e outros de descontração e que vai se defender inclusive com vídeos das sessão.

Confira o audio:

Hugo Motta teria condução para “assustar deputados”

Fahur ainda avaliou a presidência de Hugo Motta na Câmara dos Deputados e disse que apesar do endurecimento sobre condutas dos deputados ter sido ampliado na era Arthur Lira, a condução da casa em certos aspectos é “para assustar deputados” tendo como resultado parlamentares que ficam medindo palavras para evitar punições, na visão do paranaense.

Ele está conduzindo a Câmara de forma ditatorial querendo assustar deputados (…) O que eu não entendo (…) são essas punições sumárias de 6 meses, 3 meses. Eu acho que é uma forma ditatorial de tentar conter e eu me lembro de um quartel quando eu era recruta. Não me vejo um deputado que sobe na tribuna medindo as palavras para não ser suspenso por 3 meses. Um absurdo isso aí!

Confira o áudio:

Os Citados

A coluna tenta contato com os deputados mencionados.

*** Reportagem em atualização.

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