Paraná - O episódio de tensão entre os parlamentares teria acontecido durante uma entrega de viaturas do Governo do Paraná à Polícia Militar do Paraná, em Curitiba. O evento oficial contou com a presença de deputados e do governador Ratinho Júnior no último dia 17 de junho. O caso teria sido motivado por desentendimentos sobre entregas de ações políticas em Guarapuava.

Fabio Oliveira e Artagão Junior
Fabio Oliveira diz ter sido ameaçado por colega durante evento oficial (Orlando Kissner/Alep/Divulgação)

A denúncia de Fabio Oliveira ao Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná informa que o deputado estadual Artagão Júnior teria se dirigido a Fábio Oliveira de forma “hostil, violenta e ofensiva”, chegando a apontar o dedo no rosto do colega e a proferir xingamentos como “mau-caráter”e “vagabundo”. Além disso, o episódio teria sido presenciado por outros deputados que supostamente precisaram intervir fisicamente para conter Artagão e evitar uma possível agressão.

“Em determinado momento, o Deputado Artagão Júnior, de forma totalmente inesperada e repentina, se dirigiu de forma hostil, violenta e ofensiva ao Deputado Fábio Oliveira”, afirma a representação.

Ainda conforme o relato, o motivo da reação explosiva estaria ligado a entregas de ações políticas relacionadas ao município de Guarapuava.

Também na denúncia, o deputado Fabio Oliveira solicita ao Conselho de Ética que receba e processe o caso, instaurando procedimento disciplinar, ouvindo testemunhas — entre elas os deputados: Alexandre Curi, Cantora Mara Lima, Moacyr Fadel, Matheus Vermelho e Dr. Leônidas e assim requisitando imagens e registros do evento junto ao Governo do Estado e órgãos de imprensa.

Por meio de nota Fábio Oliveira informou que esta:

Solicitando a apuração de conduta incompatível com a ética e o decoro parlamentar, registrada durante evento oficial do Governo do Estado, realizado em 17 de junho, na presença de diversas autoridades. O deputado reforça seu compromisso com a urbanidade, o diálogo e a integridade no exercício da função pública, pautando sua atuação por princípios éticos e pela defesa do interesse coletivo”, esclareceu.

Já o deputado Artagão Júnior afirmou desconhecer certamente a representação:

“No que diz respeito a possível representação, não tomei conhecimento da mesma, não fui comunicado. Me parece que as pessoas interessadas estão buscando holofote, uma vez que deu-se ênfase midiática antes de qualquer tramitação interna”, declarou o parlamentar

O detalhe contudo é que pelo atual Código de Ética as representações tem que passar pela corregedoria antes de passar pelo conselho de Ética. Artagão é o corregedor da Casa de Leis.

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