Bancada da bala e bancada evangélica acham que brasileiro morto na Indonésia deve servir de exemplo a não ser seguido

Um dia depois da execução do brasileiro Rodrigo Gularte, condenado por tráfico de drogas, na Indonésia, o deputado Major Olímpio (PDT-SP) parabenizou o governo indonésio pelo cumprimento da sentença

“Ninguém comemora a morte, mas é um traste a menos na humanidade. E que outros países, inclusive o nosso, não perdessem o tempo em reprimendas em relação a país que tomam atitude”, afirmou o deputado eleito por São Paulo.

Olímpio é integrante da Bancada da Segurança Pública, também conhecida como bancada da bala. O deputado criticou os esforços brasileiros para tentar evitar a execução do surfista paranaense. “Quero cumprimentar o governo da Indonésia na pessoa do seu presidente por manter a postura firme e não ter cedido a apelos em relação à execução de criminosos hediondos, principalmente traficantes”.

Gularte foi o segundo brasileiro executado na Indonésia por tráfico de drogas. Antes dele, em janeiro deste ano, o instrutor de paraquedismo Marco Asher também foi fuzilado. “Traficantes são pessoas que comercializam a morte. Fazem isso no nosso País o tempo todo levando a morte a milhares de jovens brasileiros”, disse Olímpio.

O Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), da bancada evangélica, também comentou a morte de Gularte. Para ele, se o brasileiro tivesse “se encontrado com Deus” antes, não teria de pagar esse “preço muito caro”. “No corredor da morte ele se encontrou com Deus. E se seu corpo foi perdido, pelo menos sua alma foi salva e está no céu. Que ele seja exemplo para os demais jovens”, disse Feliciano.