A oposição ao governo Lula (PT) declarou, nesta terça-feira (5), que fará “obstrução total” no Congresso Nacional até que o projeto de lei que prevê anistia ampla, geral e irrestrita aos envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro de 2023 e impeachment a Alexandre de Moraes seja aprovado. Com esparadrapos na boca, parlamentares ocuparam a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados em protesto.

Essa anistia beneficiaria, inclusive, Jair Bolsonaro (PL), que teve a prisão domiciliar decretada na última segunda-feira (4) pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara dos Deputados, promete não deixar o legislativo trabalhar até que a medida seja analisada. Segundo o parlamentar, “enquanto não houver um diálogo sério para pensar soluções para o Brasil”, não haverá votação no Legislativo.
Apoiadores de Bolsonaro protestam com esparadrapo na boca
Ao todo, 15 deputados apoiadores de Jair Bolsonaro ocupam a Mesa com esparadrapo na boca, evitando falar. Ocasionalmente, alguns parlamentares removem o item para beber água ou falar ao telefone.
A ideia do protesto é ocupar as Mesas Diretoras das duas Casas e impedir que as sessões plenárias sejam iniciadas, como já iniciaram nesta tarde.
Oposição propõe pacote de paz prevê impeachment de Moraes e anistia
O parlamentar afirma que é necessário que seja votado o “pacote da paz”, termo utilizado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL), que também é filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Este pacote prevê, além da anistia, o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
“Vamos entrar em obstrução total na Câmara e no Senado e não vamos recuar enquanto não houver caminhos para a pacificação, já apresentado por meus colegas”, indicou Sóstenes durante entrevista coletiva de imprensa.
Oposição declara “guerra” contra o governo Lula
Sóstenes afirmou que a oposição está “entrincheirada”, com “uma série de ações e uma coordenação centralizada”, entre elas o impeachment e a anistia. O líder destacou que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, teve uma “conversa de alinhamento” com outros dirigentes de partidos na manhã desta terça-feira.
“A partir de agora estamos nos apresentando para a guerra. Se é guerra que governo quer, guerra terá. Não haverá paz no Brasil enquanto não houver discurso de conciliação, que passa pela anistia, pela mudança do fim do foro e pelo impeachment de Moraes”, destacou o líder do PL.
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