O desembargador Marcelo Lima Buhatem, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), foi afastado por 60 dias pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por postar mensagens de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais.

Mesmo com o afastamento, o desembargador seguirá recebendo os salários normalmente nesses dois meses.
O CNJ apontou que o desembargador era inocente das acusações por tráfico de influência, paralisação irregular de processos e de não comunicar suspeição em processos onde uma familiar atuava como advogada, sendo punido apenas pelas publicações pró-Bolsonaro.
A apuração do CNJ apontou que o desembargador utilizava a rede social Linkedin para postar mensagens de apoio a Bolsonaro.
Veículos de imprensa ainda mostraram uma foto de Bolsonaro com o desembargador durante um evento em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, além de ter enviado conteúdos falsos no no WhatsApp, em que associava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à facção criminosa Comando Vermelho.
A defesa do desembargador apontou que ele apenas “curtiu” postagens institucionais feitas por Bolsonaro.
Mas o CNJ avaliou que essas mensagens e postagens “tiveram grande alcance e fomentaram a desconfiança social acerca da justiça, segurança e transparência das eleições”.
O relator do processo votou pelo afastamento por 90 dias, mas a maioria dos conselheiros decidiu reduzir a pena a 60 dias, acompanhando a punição aplicada em casos semelhantes.
O acórdão da votação destaca que “as mensagens divulgadas pelo desembargador em seus perfis nas redes sociais caracterizam indevida publicidade de preferência político-partidária, conduta imprópria, nos termos da Constituição Federal e das demais normas legais e regulamentares que disciplinam os deveres da magistratura”.
*com informações da Agência Brasil
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