A ex-presidente da República e atual presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, em português), Dilma Rousseff (PT), receberá uma indenização após decisão da Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Por ter sido reconhecida como anistiada política devido a violações de direitos humanos sofridas durante a ditadura militar, Dilma receberá, em uma parcela única, R$ 100 mil.

Dilma Rousseff foi presidente do Brasil
Ex-presidente doou as indenizações anteriores que recebeu. (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

Na cerimônia, a presidente da Comissão, Ana Maria Lima, ainda teria pedido perdão a Dilma, em nome de todo o Estado brasileiro, pela tortura sofrida nas mãos do militares.

Essa não é a primeira indenização que a ex-presidente recebe do Estado devido a torturas sofridas durante o período de ditadura militar. Dilma recebeu quantia superior a R$ 72 mil de tribunais do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Mas segundo a Comissão, a presidente do NDB teria doado essa quantia para entidades sociais.

Além disso, em fevereiro de 2023, a Justiça Federal determinou que Dilma recebesse R$ 400 mil devido a danos morais sofridos no período ditatorial. Mas com a determinação da Comissão de Anistia, o teto indenizatório foi fixado em R$ 100 mil.

Dilma foi torturada na Ditadura Militar?

Dilma Rousseff foi presa pela ditadura militar
Ex-presidente teria sofrido torturas nos 13 anos em que esteve presa. (Foto: Divulgação/Comissão da Verdade)

Dilma Rousseff, aos 22 anos, foi presa em 1970 por militares, acusada de atuar em uma organização de resistência ao regime militar. A ex-presidente ficou presa por 13 anos e, nesse período, foi torturada diversas vezes.

Na época, Dilma cursava o curso de Economia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mas foi impedida de retornar os estudos enquanto esteve presa pela ditadura militar. A ex-presidente ainda foi destituída de um cargo público que ocupava no Governo do Estado do Rio Grande do Sul.

“Foi condenada à prisão e teve direitos políticos cassados. Foi libertada depois de 13 anos. Teve que prestar novo vestibular e sendo obrigada a cursar novamente todas as disciplinas. Atrasou sua formação como economista”, explicou o relator do caso na Comissão, Rodrigo Lentz.

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Jorge de Sousa

Editor

Jorge de Sousa é formado em jornalismo desde 2016, pós-graduado em Direito Eleitoral e Processo Eleitoral e especializado na cobertura de pautas sobre Política, do Paraná e do Brasil, além de matérias sobre Agronegócio e Esportes.

Jorge de Sousa é formado em jornalismo desde 2016, pós-graduado em Direito Eleitoral e Processo Eleitoral e especializado na cobertura de pautas sobre Política, do Paraná e do Brasil, além de matérias sobre Agronegócio e Esportes.