O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL/SP) comentou neste domingo (20), em sua conta no Twitter, a crise no PSL. Segundo ele, a semana “foi bem conturbada” dentro do partido.
Eduardo Bolsonaro diz que é natural existir confusões
Eduardo Bolsonaro defendeu ainda que a legenda oriente de acordo com os interesses do governo. “O PSL tem que orientar de acordo com o governo federal e ter nas comissões os deputados certos”, disse.
Ele afirmou ainda que o deputado Léo Motta (MG) teria integrado a lista de assinaturas em prol da sua liderança pelo partido na Câmara, e não a do deputado Delegado Waldir. Eduardo Bolsonaro também gravou um vídeo, que foi compartilhado por Motta.
“Esse negócio de lista para cá, lista para lá, é até natural que haja algum tipo de confusão. Estou aqui para desfazer qualquer tipo de mal entendido e dizer que o deputado Léo Motta está apoiando a minha candidatura para a liderança do PSL”, disse.
Crise no partido de Bolsonaro
Após desentendimentos internos, o governo articulou nessa semana para tentar derrubar Waldir da liderança. Na quinta-feira (17), três listas de assinaturas – duas em prol de Eduardo Bolsonaro e uma pela continuidade do Delegado Waldir – foram apresentadas à Secretaria da Mesa da Câmara, que validou a permanência do atual líder, com cinco assinaturas a mais do que a lista de Eduardo.
No dia 17 de outubro, a deputada Joice Hasselmann foi destituída da posição de líder do governo no Congresso. Ela afirmou que o presidente Jair Bolsonaro usou a Presidência da República para interferir no Legislativo.
“O próprio presidente estava ligando e pressionando deputados para assinar uma lista”, disse,em referência à tentativa do presidente de fazer seu filho, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), líder da bancada do PSL na Câmara.
Filho de Presidente da República na embaixada
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira (18), que seu filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) é “maior de idade” e “decide o futuro dele”. Bolsonaro havia sido questionado por jornalistas se prefere o “filho 03” no cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos ou na liderança do PSL na Câmara dos Deputados.
O presidente indicou o filho ao cargo há três meses, mas até agora a intenção não foi formalizada. Para ser confirmado embaixador, Eduardo precisa ser sabatinado e aprovado pelo Senado. Como não há segurança no Planalto sobre o apoio ao nome entre os senadores, o cargo na Câmara seria uma “saída honrosa”, segundo auxiliares do presidente.