Curitiba - Não é só a lista tríplice dos advogados que disputam a vaga de desembargador do Tribunal de Justiça que estará no centro das atenções da próxima reunião do Tribunal Pleno, marcado para 17 de outubro às 9h. O item 2 da pauta prevê a indicação de três magistrados (dois efetivos e um substituto) para o comando do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).

Tribunal Regional Eleitoral do Paraná
Nova cúpula vai comandar eleições de 2026 no Paraná (Foto: Divulgação/ TRE-PR)

No final de janeiro de 2026, acaba o mandato do atual presidente, desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, e do vice e corregedor Luiz Osório Moraes Panza. A nova cúpula da Corte Eleitoral que será eleita pelo TJ no próximo dia 17 é quem vai comandar as eleições gerais de 2026 no Paraná.

As inscrições para os desembargadores que quiserem concorrer à presidência e vice do TRE paranaense se encerram nesta sexta-feira (10). Mas alguns magistrados já estão trabalhando e articulando nos bastidores do Judiciário paranaense.

O Blog Politicamente apurou que os desembargadores Fernando Prazeres, Antônio Franco Ferreira da Costa, Luciano Carrasco Falavinha Souza e Gil Francisco de Paula Xavier Fernandes Guerra são alguns que estariam dispostos a entrar na peleja.

Tanto Falavinha quanto Nico (apelido de Antônio Franco Ferreira da Costa) já fizeram parte do colegiado. O primeiro foi o relator do processo que pedia a cassação do mandato do senador Sérgio Moro — que acabou não prosperando nem aqui no TRE tampouco no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Falavinha votou pela rejeição da ação contra o ex-juiz da Lava Jato.

O Blog Politicamente teve acesso a uma carta impressa e distribuída aos colegas pelo desembargador Fernando Prazeres em que ele não só se coloca na disputa como pede voto.

Na carta, o magistrado cita a importância das eleições de 2026, tanto no âmbito nacional quanto estadual, num “ambiente político conflagrado, permeado por uma avalanche diária de informações pelas redes sociais” o que “amplia o desafio e exige que a Corte Eleitoral transmita à sociedade a sua capacidade de absorver todas as demandas daí derivadas, permitindo que o pleito eleitoral aconteça dentro de ambiente de civilidade institucional”.

O magistrado elogia tanto Sigurd quanto Panza na carta, assim como os colegas que os antecederam, por terem trilhado esse caminho. E por fim, cita que “após mais de 35 anos de exercício da magistratura e o exercício de diversas funções na administração do nosso TJPR, penso poder contribuir positivamente com a Justiça Eleitoral do nosso Estado. Seria uma honra, assim, poder contar com seu voto”.

O que alguns magistrados comentam pelos corredores do TJ é que Fernando Prazeres resolveu disputar o TRE depois que não obteve o apoio do atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, para ser conselheiro do Conselho Nacional de Justiça. Na bolsa de apostas do TJ, Prazeres está bem ranqueado na disputa na Corte Eleitoral do Paraná.

Aliás, algumas fontes ouvidas pelo Blog Politicamente nos últimos dias apostam na eleição de Prazeres e Falavinha. Com Nico e Gil Guerra correndo por fora. Na próxima sexta-feira, quando o prazo de inscrições se finda, o cenário da disputa estará posto.