Luciano Flores, superintendente da Polícia Federal (PF) do Estado do Paraná, conversou com os jornalistas Marc Sousa e Guilherme Rivaroli sobre a Operação Lava Jato nesta sexta-feira (10). Nesta semana, a 61ª fase da operação foi deflagrada e mirava um esquema de lavagem de dinheiro no Banco Paulista.
‘Disfarces de Mamom’: 61ª fase da Operação Lava Jato
Desta vez, o objetivo foi apurar um grande esquema de lavagem de dinheiro praticado por funcionários que faziam a contratação de empresas de fachada. Elas emitiam notas fiscais e contratos fictícios para justificar serviços não prestados.
Dessa forma, camuflavam pagamentos feitos e recebidos pelo banco no exterior. Uma vez pagos, tais empresas, com ajuda de doleiros, remetiam numerário para exterior por meio de operações tipo dólar-cabo.
“A 61ª fase inaugura um novo setor que estava envolvido nesse escândalo de corrupção. Um setor que lavou milhares de reais durante anos, no período de 2009 a 2015. E, apesar de já ter passado cinco anos de Lava Jato, a gente mostra que não tem fim a onda de lama que o Brasil estava metido”, contou Flores.
Esquemas de corrupção
Quando indagado sobre a quantidade de dinheiro que pode ter sido retirado do povo brasileiro, Flores respondeu enfático: “bilhões”. E argumentou que a Receita Federal está finalizando o primeiro lote de autuações fiscais de grandes empresários e políticos.
“Só aí, R$ 25 bilhões estão sendo cobrados. Isso, o que está pronto agora. No exterior, o que tem para voltar aos cofres públicos são bilhões também”, explicou o superintendente.
Delação Premiada
Para Flores, a delação premiada foi fundamental para os resultados que a operação obteve. “A colaboração premiada foi fundamental para chegar aos verdadeiros responsáveis e chefes de quadrilhas. É para isso que existe a colaboração: para que os envolvidos tenham benefício se a informação que eles deram puderem trazer recursos desviados ou nomes.”
Tráfico de drogas no Paraná
“Neste ano podemos dizer que está tendo um avanço em tecnologia, em policiais na fronteira. Então, ao mesmo tempo que combate o colarinho branco, está intensificando as organizações criminosas que atuam no tráfico internacional de drogas e no contrabando”, argumentou Flores.
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