Espero que não haja novos esforços para descredibilizar urna eletrônica, diz Barroso
BRASÍLIA (Reuters) – O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta sexta-feira (17) esperar que não haja mais esforços para descredibilizar as urnas eletrônicas, em discurso de encerramento dos trabalhos da corte neste ano.
“Espero que não haja novos esforços para descredibilizar o sistema que tem assegurado a credibilidade da democracia brasileira”, disse ele, após falar que a eventual adoção do voto impresso é “página virada”.
O presidente Jair Bolsonaro fez uma série de ataques às urnas eletrônicas e ameaçou não reconhecer o resultado das eleições do próximo ano se não houvesse a mudança do sistema de voto para a adoção do voto impresso pela urna eletrônica.
Entretanto, a Câmara dos Deputados rejeitou a proposta em votação pautada pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que é aliado de Bolsonaro..
No discurso de encerramento do ano, Barroso afirmou que o atual sistema eleitoral é imune a fraudes porque não está conectado com rede de computadores.
Antes do pronunciamento, o TSE elegeu o ministro Edson Fachin como próximo presidente do TSE. Ele assume em fevereiro e ficará no cargo até agosto, quando será substituído por Alexandre de Moraes, que será responsável por conduzir a corte em meio às eleições do próximo ano.
O atual presidente do tribunal destacou que a democracia brasileira viveu “momentos graves” este ano, com ameaças de fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso, mas destacou que as instituições resistiram e afastaram o fantasma do retrocesso e da queda da legalidade constitucional.
Barroso citou ainda que a Justiça Eleitoral sofreu repetidos ataques e acusações falsas de fraude, além de ofensas a seus integrantes.
Por Ricardo Brito