A prisão foi decretada pelo juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba (Foto: Divulgação/ANPr)

Além de Carlos Alberto Richa, ex-governador do Paraná, Dirceu Pupu Ferreira -considerado um homem da família- teve a prisão preventiva decretada

Beto Richa (PSDB), ex-governdor do Paraná, teve a prisão preventiva cumprida na manhã desta sexta-feira (25), em um desdobramento da ‘Operação Integração’. A prisão foi decretada pelo juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba.

Além de Carlos Alberto Richa, Dirceu Pupu Ferreira também teve a prisão decretada nesta sexta-feira. O pedido foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF), após investigações da concessão de rodovias do Paraná.

Filho de Richa recebeu R$ 2,5 milhões

Segundo a decisão, as investigações revelaram que André Richa, filho do ex-governador, foi beneficiado com pelo menos R$ 2,5 milhões com recursos recebidos em dinheiro vivo, que foram usados para aquisição de, pelo menos três imóveis. 

Dirceu Pupu Ferreira, era considerado um homem da família, e mantinha relação próxima com os operadores Luiz Abi Antoun e Jorge Atherino, recebendo valores desta pessoa para usar em proveitos de familiares do ex-governador. 

Corrupção e lavagem de dinheiro

Na decisão, o MPF apresenta novos elementos sobre a participação de Beto Richa e Pupu Ferreira no complexo esquema criminoso investigado, relativo ao recebimento de propinas por parte de Richa das concessionárias de pedágio do Paraná e o suposto mecanismo de lavagem de dinheiro que seria realizado por meio de aquisições imobiliárias.

 

Beto Richa preso na ‘Rádio Patrulha’

No dia 11 de outubro de 2018, Beto Richa e sua mulher, Fernanda Richa, foram presos em uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). ‘Rádio Patrulha’ faz parte das investigações sobre o Programa Patrulha Rural, que recupera rodovias rurais.

Bloqueio de bens de ex-governador

A 4ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba determinou liminarmente no dia seis de dezembro de 2018, o bloqueio de bens do ex-governador do Paraná (no período 2011-2018), atendendo pedido do Ministério Público do Paraná (MP-PR) em ação civil pública que requer a restituição de R$19.895.333,61 (em valores atualizados) gastos com propaganda irregular em 2007 e no primeiro semestre de 2008, quando o político era prefeito da capital e pretendia concorrer às eleições de 2008.