Curitiba - Ainda não confirmado como relator do projeto que pretende modificar a chamada Lei da Ficha Limpa, o deputado federal Filipe Barros (PL) afirmou, em entrevista ao Jornal da Manhã Paraná, da Jovem Pan News, que é possível “fazer uma modernização” da legislação.

Escolhido para relatar o projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados no final do ano passado, o deputado no entanto aguarda a definição da nova composição da comissão para saber se conduzirá este trabalho.
“Não me dediquei sobre o relatório que eu devo produzir sobre isso justamente porque tem que aguardar a nova composição da CCJ, a escolha do novo presidente da CCJ. Tem que saber se eu vou continuar sendo membro da CCJ, porque se eu não for membro, esse projeto vai ser designado para outro deputado”, explica Barros, que defende alterações na Lei da Ficha Limpa, criada por iniciativa popular.
Deputado fala em “inconformismo” com a lei atual
“Existe um certo inconformismo com a atual legislação, porque ela foi alterada. Na sua origem, ela previa a inelegibilidade por três anos. Depois ela subiu para oito. Hoje nós temos casos emblemáticos aqui do Paraná, Fernando Francischini e Deltan Dallagnol, que foram cassados por questões que no entendimento de boa parte da população não mereciam ficar inelegíveis por oito anos”, destaca o deputado.
“Na prática, o que nós faríamos, caso eu continue sendo relator, é uma modernização da Lei da Ficha Limpa. Então existe uma convergência de vários grupos políticos da Câmara e no Senado de que é preciso uma modernização”, complementa.
O deputado questiona ainda a pena de inelegibilidade imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que de acordo com ele sofre uma perseguição política e judicial.

“Curioso que os casos que nós estávamos discutindo aqui são só da direita, né? Os deputados da direita, os parlamentares da direita, figuras da direita estão sendo lá condenados a inelegibilidade de oito anos. O próprio presidente Bolsonaro, gente, é prerrogativa do presidente da República conversar com embaixadores. Está inelegível porque se reuniu com embaixadores no Palácio do Planalto”, afirma Barros, que acredita que a inelegibilidade de Bolsonaro será revertida.
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