Curitiba - Em entrevista ao vivo no estúdio do Jornal da Manhã Curitiba da Jovem Pan News, o deputado federal Beto Richa (PSDB) relembrou dos processos judiciais que sofreu, quando chegou a ser preso em duas ocasiões. Agora formalmente inocentado das acusações, o ex-governador afirmou ter sido “um dos políticos mais perseguidos do país, sem nenhum elemento”.

Richa também falou sobre o atual momento de seu partido e sobre como o PSDB pretende se fortalecer para a disputa das eleições do ano que vem. O deputado falou ainda sobre a possibilidade do partido buscar uma fusão ou compor uma federação com algum outro partido.
Ex-governador foi absolvido pela Justiça
Após ser preso preventivamente duas vezes em um período de seis meses, em um desdobramento da operação Lava Jato, entre 2018 e 2019, o ex-governador foi posteriormente absolvido pela Justiça. Na época, pesava contra ele a acusação de que teria recebido propina de concessionárias de rodovias pedagiadas no Paraná.
O agora deputado relembrou daquele período e afirmou que sempre se manteve tranquilo, por acreditar na Justiça.
“Claro que alguma sequela ficou das injustiças que eu sofri. Eu já falei várias vezes que a Justiça demorou, mas ela veio. Não tinha como, porque não existia nenhum elemento que corroborasse as acusações levianas e falsas que eu sofri, eu fui vítima. Segundo os juristas mais respeitados e renomados no Brasil, eu fui um dos políticos mais perseguidos do país, sem nenhum elemento”, destaca Richa.
“Então só podia dar no que deu, todos os processos foram arquivados e foi reconhecida a minha inocência. Então em relação a isso eu sempre estive tranquilo. E agora mais ainda aliviado por ter reconhecida a minha inocência”, complementa.
Futuro político do partido
Um dos principais nomes do PSDB nacional, Richa admite que o partido vive um momento delicado no cenário político brasileiro, depois do insucesso histórico nas eleições de 2024. Encolhido, o partido busca soluções para recuperar o eleitorado perdido ao longo da última década. Atualmente integrando uma federação partidária com o Cidadania, o PSDB pode buscar uma fusão ou mesmo outra federação com outra agremiação até as eleições de 2026.

“Ainda atendemos a cláusula de desempenho, mas se o partido diminuir na próxima eleição, nós vamos ter sérios prejuízos. Então, para nos prevenimos em relação a essa situação, existe hoje a possibilidade de uma união, seja através de incorporação, através de fusão ou através de uma federação para que [alguns partidos] possam se agrupar, se fortalecer e ter um desempenho melhor nas eleições, compondo aí possivelmente uma chapa completa de candidatos. É o que o PSDB busca hoje”, afirma o deputado.
Conversas avançadas com o Podemos
Richa afirma que a legenda negocia com vários outros partidos, mas que existem conversas adiantadas com o Podemos.
“A conversa hoje mais avançada, que está bem madura, é com o partido Podemos. Nós buscamos também para deixar claro, uma aproximação, uma união com partidos em que seja preservada a identidade do PSDB. Seja preservada a nossa bela história na política nacional, que nós tenhamos liberdade de defender um projeto para o país. E obviamente, o mais importante, que tenha um mínimo de afinidade ideológica entre os partidos que possivelmente comporiam essa aliança”, conclui Richa, que afirma ainda ser muito cedo para lançar uma eventual candidatura ao Senado no ano que vem.
“Falar em candidatura agora, cá para nós, é muito cedo, né? Composições partidárias podem ser feitas para as eleições estaduais de 2026 e também presidenciais. Então é muito cedo para esta avaliação de nomes. Eu, pelo menos, sempre fui muito cauteloso e nunca sofri de ansiedade. Então, tudo no momento certo. Eu não imponho, por exemplo, qualquer candidatura minha a qualquer cargo majoritário”, complementa.
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