Grupo é investigado por participação num esquema ilegal de concessão de licenças ambientais

O Ministério Público do Paraná cumpriu na manhã desta segunda-feira (15), 14 mandados de busca e apreensão em residências e escritórios de integrantes da direção do Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Entre os investigados, estão o diretor-presidente do órgão, o diretor-jurídico, o chefe do Departamento de Recursos Ambientais e o ex-diretor regional do escritório de Paranaguá, além de um engenheiro florestal do IAP.

O grupo é investigado por participação num esquema ilegal de concessão de licenças ambientais e associação criminosa. Na ação, coordenada pela Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Paranaguá e pela Coordenação Regional da Bacia Litorânea, com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), foram apreendidos computadores, celulares e documentos diversos em Curitiba, Paranaguá (Litoral) e Jacarezinho (Norte do Estado). Na casa de um dos investigados, foram apreendidos ainda R$ 649 mil (em dinheiro).

A Justiça também determinou o afastamento dos investigados das funções públicas que exercem junto ao IAP. Porém, na última sexta-feira (12), o diretor-presidente do Instituto conseguiu liminar cassando seu afastamento. Os demais continuam afastados. Todos os investigados já respondem ação penal perante o Juízo da 1.ª Vara Criminal de Paranaguá.

Outro lado

Em nota, a assessoria de imprensa do IAP afirmou que todos os documentos buscados pelos promotores de Justiça do Ministério Público do Paraná sempre estiveram disponíveis nos procedimentos administrativos instaurados e relativos aos pedidos de licenciamento. O comunicado afirma ainda que as medidas adotadas são descabidas, desnecessárias e desproporcionais pela absoluta falta de urgência nos provimentos.