A Polícia Federal indiciou nesta quinta (16), o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, o ex-secretário de Planejamento do tucano, Sebastião Eduardo Alves de Castro e o ex-tesoureiro de campanha Marco Monteiro por corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro.
As investigações foram conduzidas pela Lava Jato a partir de delações do grupo Odebrecht. Além das colaborações, a PF obteve cópia do sistema de informática da empreiteira, análise de extratos telefônicos, obtenção de conversas por Skype e ligações telefônicas de Mesa de Operações e documentos que indicariam a prática de cartel no Metrô de São Paulo e no Rodoanel, além de oitivas de testemunhas.
O PSDB, partido ao qual o ex-governador é filiado, divulgou nota em defesa de Alckmin. “Governador quatro vezes de São Paulo, quase cinco décadas de vida pública, médico, Geraldo Alckmin sempre levou uma vida modesta e de dedicação ao serviço público. É uma referência de correção e retidão na vida pública. Tem toda a confiança do PSDB.”
Os advogados de Alckmin consideram o indiciamento “injustificável e precipitado”. “A ele foram negados o prévio conhecimento dos fatos que teriam ensejado a instauração do inquérito, além do direito fundamental de se defender, assegurado pela Constituição a todo cidadão brasileiro. O ex-governador sequer foi chamado a prestar esclarecimentos que poderiam ter evitado o seu indevido e imerecido indiciamento”, diz a nota assinada pelos advogados Marcelo Martins de Oliveira e José Eduardo Rangel de Alckmin.
A reportagem não encontrou os advogados dos outros indiciados.