A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), defendeu nesta quinta-feira (20) o projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda, após a Confederação Nacional dos Municípios afirmar que a proposta fere o pacto federativo.

De acordo com o comunicado, a entidade não questiona o mérito da proposta, mas a forma como as compensações serão realizadas. A confederação dos municípios lembra que apesar de ser um imposto federal, 48% da arrecadação do IR pertencem constitucionalmente aos estados e municípios.
Um dos questionamentos é em relação ao suposto benefício que os municípios terão com o aumento da massa salarial dos trabalhadores, o que aumentaria o consumo das cidades – segundo a nota, essa afirmação é prematura e incerta. A confederação defende que haja uma compensação também da parte da União e estima uma perda de R$ 11 bilhões aos municípios.
Gleisi Hoffmann rebate posicionamento da confederação
O posicionamento da Confederação Nacional dos Municípios gerou uma retaliação por parte da ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, nas redes sociais. A paranaense defendeu o projeto e ressaltou a importância da confederação conhecer bem o projeto e o impacto na economia antes de se posicionar sobre o tema.
“É importante que a Confederação Nacional dos Municípios, antes de sua manifestação crítica ao Projeto de Lei que isenta o IR para quem ganha até cinco mil reais por mês, conheça bem o projeto, seu impacto na economia, e também considere a ajuda que o governo federal vem dando a estados e municípios desde que o presidente Lula foi eleito”, afirmou a ministra.
A ministra também destacou o aumento nos repasses aos municípios nos últimos meses, reforçando o compromisso do governo federal com as administrações locais. “Nos últimos 12 meses, o valor repassado pelo Fundo de Participação dos Municípios teve crescimento real de 9,9% acima da inflação. E as prefeituras vão receber ainda mais, porque com menos imposto sobre a renda teremos mais dinheiro circulando na economia”, completou.
*Com informações de Karina Bernardi
Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui