Governo exonera militares que estavam no Palácio da Alvorada e residências oficiais

Publicado em 17 jan 2023, às 12h59. Atualizado às 13h00.

O governo petista dispensou parte de militares que trabalhavam nas residências oficias da presidência, entre elas o Palácio da Alvorada e Granja do Torto. Foram retirados dos locais 43 cabos, sargentos, soldados, um tenente e um coronel da Polícia Militar do Distrito Federal.

A saída dos militares acontece depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarar que “perdeu a confiança” em parte dos militares após os atos de destruição em Brasília, no último dia 8 de janeiro. O governo petista também não não indicou até o momento oficiais para atuar ao seu lado como ajudantes de ordem.

Os atos de exoneração foram publicados no Diário Oficial da União desta terça-feira, 17. A mais alta patente dispensada da função foi o coronel da PM do DF Marcelo de Oliveira Ramos. A lista tem ainda militares da Marinha, Exército e Aeronáutica.

Durante a campanha eleitoral, o presidente teve sua proteção pessoal realizada por agentes e delegados da Polícia Federal. Depois que foi eleito, preferiu manter a PF executando a função. Tradicionalmente, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) cuida da segurança do presidente e vice-presidente da República e seus familiares. Até momento, no entanto, a proteção ainda estaria sob a responsabilidade de policiais federais. Quando serviço é executado pelo GSI, os agentes destacados são militares.

No café da manhã com jornalistas na semana passada, Lula mandou recados às Forças Armadas. Declarou que elas não têm o “poder moderador que pensam que têm”. Esse poder que não está previsto na Constituição foi defendido publicamente por seguidores e auxiliares do ex-presidente Jair Bolsonaro.