Curitiba - O secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, confirmou que o Governo do Paraná vai anunciar um corte de R$ 2 bilhões em gastos. A tesoura será para todas as secretarias e autarquias. A declaração foi dada para esta coluna durante entrevista à Rádio Jovem Pan News Curitiba. Conforme Ortigara, a medida deve ser tomada por meio de decreto. A publicação esta prevista para esta terça-feira (10).

Norberto Ortigara, secretário da Fazenda do Governo do Paraná, confirma cortes
Cortes serão feitos para otimizar gastos do Governo do Paraná. (Foto: Reprodução/RICtv)

O secretario pontuou que os cortes serão para gastos não essenciais como: diárias de viagens e passagens, realização de eventos e serviços terceirizados de apoio. A decisão foi tomada para preservar a avaliação da economia paranaense junto ao Tesouro Nacional. Se o gasto com custeio subir muito ao longo de 2025, o Paraná que tem nota A no conjunto da avaliação corre o risco de despencar para nota C.

Além disso, o secretario ainda disse que é preciso compreender o jogo político- em uma referência a chegada de novos secretários nomeados pelo governador Ratinho Júnior: “Todo mundo vem com pretensões, quer colocar o pé no acelerador (…) Não dá para criar um novo plano de Governo no meio do Governo”, disparou.

Ortigara revelou que o decreto já foi aprovado pelo governador:

“Vamos soltar um decretão aprovado já pelo Governador cortando mais de R$2 bilhões em custeio. Ou seja redirecionando o gasto para mais investimentos na economia do Estado. Vamos dar a cada secretaria e autarquia a oportunidade de eleger onde vai fazer as mexidas de ajuste no seu orçamento de custeio.”

Confira o vídeo:

Ortigara fala em primeira mão sobre como será decreto para cortar gastos do Governo do Paraná (Reprodução: Rádio Jovem Pan)

Decisão tomada Corte no Repasses para Poderes

O secretário da Fazenda também falou sobre a insatisfação de outros poderes com a proposta do Governo do Paraná de reduzir os percentuais de repasses de dinheiro público. Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas, Ministério Público e Assembleia Legislativa devem ter os índices de transferencia de dinheiro revistos. Segundo o secretário as conversas tem sido republicanas por que há um “descasamento” entre os repasses e a inflação.

“Decisão tomada, o Governo comunicou hoje a liderança da Assembleia de que o projeto vai para lá para ser apreciado (pelos deputados (…) Estamos propondo orçamento de 2026 seja o de 2025 acrescido da inflação, IPCA com no máximo 4% de ganho real”, concluiu.

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